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quarta-feira, 24 de abril de 2013

ESDRAS 01 A 10 NEEMIAS 01 A 13 ESTER 01 A 10

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LIVRO DE ESDRAS



ESDRAS Capítulo 1
1  No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:
2  Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá.
3  Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que está em Judá, e edifique a casa do SENHOR Deus de Israel (ele é o Deus) que está em Jerusalém.
4  E todo aquele que ficar atrás em algum lugar em que andar peregrinando, os homens do seu lugar o ajudarão com prata, com ouro, com bens, e com gados, além das dádivas voluntárias para a casa de Deus, que está em Jerusalém.
5  Então se levantaram os chefes dos pais de Judá e Benjamim, e os sacerdotes e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a casa do SENHOR, que está em Jerusalém.
6  E todos os que habitavam nos arredores lhes firmaram as mãos com vasos de prata, com ouro, com bens e com gado, e com coisas preciosas; além de tudo o que voluntariamente se deu.
7  Também o rei Ciro tirou os utensílios da casa do SENHOR, que Nabucodonosor tinha trazido de Jerusalém, e que tinha posto na casa de seus deuses.
8  Estes tirou Ciro, rei da Pérsia, pela mão de Mitredate, o tesoureiro, que os entregou contados a Sesbazar, príncipe de Judá.
9  E este é o número deles: trinta travessas de ouro, mil travessas de prata, vinte e nove facas,
10  Trinta bacias de ouro, mais outras quatrocentas e dez bacias de prata, e mil outros utensílios.
11  Todos os utensílios de ouro e de prata foram cinco mil e quatrocentos; todos estes levou Sesbazar, quando os do cativeiro subiram de Babilónia para Jerusalém.


ESDRAS Capítulo 2
1  Estes são os filhos da província, que subiram do cativeiro, dentre os exilados, que Nabucodonosor, rei de Babilónia, tinha transportado a Babilónia, e tornaram a Jerusalém e a Judá, cada um para a sua cidade;
2  Os quais vieram com Zorobabel, Jesuá, Neemias, Seraías, Reelaías, Mardoqueu, Bilsã, Mizpar, Bigvai, Reum e Baaná. O número dos homens do povo de Israel:
3  Os filhos de Parós, dois mil cento e setenta e dois.
4  Os filhos de Sefatias, trezentos e setenta e dois.
5  Os filhos de Ará, setecentos e setenta e cinco.
6  Os filhos de Paate-Moabe, dos filhos de Jesuá-Joabe, dois mil oitocentos e doze.
7  Os filhos de Elão, mil duzentos e cinqüenta e quatro.
8  Os filhos de Zatu, novecentos e quarenta e cinco.
9  Os filhos de Zacai, setecentos e sessenta.
10  Os filhos de Bani, seiscentos e quarenta e dois.
11  Os filhos de Bebai, seiscentos e vinte e três.
12  Os filhos de Azgade, mil duzentos e vinte e dois.
13  Os filhos de Adonicão, seiscentos e sessenta e seis.
14  Os filhos de Bigvai, dois mil e cinqüenta e seis.
15  Os filhos de Adim, quatrocentos e cinqüenta e quatro.
16  Os filhos de Ater, de Ezequias, noventa e oito.
17  Os filhos de Bezai, trezentos e vinte e três.
18  Os filhos de Jora, cento e doze.
19  Os filhos de Hasum, duzentos e vinte e três.
20  Os filhos de Gibar, noventa e cinco.
21  Os filhos de Belém, cento e vinte e três.
22  Os homens de Netofá, cinqüenta e seis.
23  Os homens de Anatote, cento e vinte e oito.
24  Os filhos de Azmavete, quarenta e dois.
25  Os filhos de Quiriate-Arim, Quefira e Beerote, setecentos e quarenta e três.
26  Os filhos de Ramá, e de Geba, seiscentos e vinte e um.
27  Os homens de Micmás, cento e vinte e dois.
28  Os homens de Betel e de Ai, duzentos e vinte e três.
29  Os filhos de Nebo, cinqüenta e dois.
30  Os filhos de Magbis, cento e cinqüenta e seis.
31  Os filhos do outro Elão, mil duzentos e cinqüenta e quatro.
32  Os filhos de Harim, trezentos e vinte.
33  Os filhos de Lode, de Hadide e de Ono, setecentos e vinte e cinco.
34  Os filhos de Jericó, trezentos e quarenta e cinco.
35  Os filhos de Senaá, três mil seiscentos e trinta.
36  Os sacerdotes: os filhos de Jedaías, da casa de Jesuá, novecentos e setenta e três.
37  Os filhos de Imer, mil e cinqüenta e dois.
38  Os filhos de Pasur, mil duzentos e quarenta e sete.
39  Os filhos de Harim, mil e dezessete.
40  Os levitas: os filhos de Jesuá e Cadmiel, dos filhos de Hodavias, setenta e quatro.
41  Os cantores: os filhos de Asafe, cento e vinte e oito.
42  Os filhos dos porteiros: os filhos de Salum, os filhos de Ater, os filhos de Talmom, os filhos de Acube, os filhos de Hatita, os filhos de Sobai; ao todo, cento e trinta e nove.
43  Os netinins: os filhos de Zia, os filhos de Hasufa, os filhos de Tabaote,
44  Os filhos de Querós, os filhos de Siá, os filhos de Padom,
45  Os filhos de Lebaná, os filhos de Hagaba, os filhos de Acube,
46  Os filhos de Hagabe, os filhos de Sanlai, os filhos de Hanã,
47  Os filhos de Gidel, os filhos de Gaar, os filhos de Reaías,
48  Os filhos de Rezim, os filhos de Necoda, os filhos de Gazão,
49  Os filhos de Uzá, os filhos de Paseá, os filhos de Besai,
50  Os filhos de Asna, os filhos dos meunitas, os filhos dos nefuseus,
51  Os filhos de Bacbuque, os filhos de Hacufa, os filhos de Harur,
52  Os filhos de Bazlute, os filhos de Meída, os filhos de Harsa,
53  Os filhos de Barcos, os filhos de Sísera, os filhos de Tama.
54  Os filhos de Neziá, os filhos de Hatifa,
55  Os filhos dos servos de Salomão; os filhos de Sotai, os filhos de Soferete, os filhos de Peruda,
56  Os filhos de Jaalá, os filhos de Darcom, os filhos de Gidel,
57  Os filhos de Sefatias, os filhos de Hatil, os filhos de Poquerete-Hazebaim, os filhos de Ami.
58  Todos os netinins, e os filhos dos servos de Salomão, trezentos e noventa e dois.
59  Também estes subiram de Tel-Melá e Tel-Harsa, Querube, Adã e Imer; porém não puderam provar que as suas famílias e a sua linhagem eram de Israel.
60  Os filhos de Delaías, os filhos de Tobias, os filhos de Necoda, seiscentos e cinqüenta e dois.
61  E dos filhos dos sacerdotes: os filhos de Habaías, os filhos de Coz, os filhos de Barzilai, que tomou mulher das filhas de Barzilai, o gileadita, e que foi chamado do seu nome.
62  Estes procuraram o seu registro entre os que estavam arrolados nas genealogias, mas não se acharam nelas; assim, por imundos, foram excluídos do sacerdócio.
63  E o governador lhes disse que não comessem das coisas consagradas, até que houvesse sacerdote com Urim e com Tumim.
64  Toda esta congregação junta foi de quarenta e dois mil trezentos e sessenta,
65  Afora os seus servos e as suas servas, que foram sete mil trezentos e trinta e sete; também tinha duzentos cantores e cantoras.
66  Os seus cavalos, setecentos e trinta e seis; os seus mulos, duzentos e quarenta e cinco;
67  Os seus camelos, quatrocentos e trinta e cinco; os jumentos, seis mil setecentos e vinte.
68  E alguns dos chefes dos pais, vindo à casa do SENHOR, que habita em Jerusalém, deram ofertas voluntárias para a casa de Deus, para a estabelecerem no seu lugar.
69  Conforme as suas posses, deram para o tesouro da obra, em ouro, sessenta e uma mil dracmas, e em prata cinco mil libras, e cem vestes sacerdotais.
70  E habitaram os sacerdotes e os levitas, e alguns do povo, tanto os cantores, como os porteiros, e os netinins, nas suas cidades; como também todo o Israel nas suas cidades.


ESDRAS Capítulo 3
1  Chegando, pois, o sétimo mês, e estando os filhos de Israel já nas cidades, ajuntou-se o povo, como um só homem, em Jerusalém.
2  E levantou-se Jesuá, filho de Jozadaque, e seus irmãos, os sacerdotes, e Zorobabel, filho de Sealtiel, e seus irmãos, e edificaram o altar do Deus de Israel, para oferecerem sobre ele holocaustos, como está escrito na lei de Moisés, o homem de Deus.
3  E firmaram o altar sobre as suas bases, porque o terror estava sobre eles, por causa dos povos das terras; e ofereceram sobre ele holocaustos ao SENHOR, holocaustos pela manhã e à tarde.
4  E celebraram a festa dos tabernáculos, como está escrito; ofereceram holocaustos cada dia, por ordem, conforme ao rito, cada coisa em seu dia.
5  E depois disto o holocausto contínuo, e os das luas novas e de todas as solenidades consagradas ao SENHOR; como também de qualquer que oferecia oferta voluntária ao SENHOR;
6  Desde o primeiro dia do sétimo mês começaram a oferecer holocaustos ao SENHOR; porém ainda não estavam postos os fundamentos do templo do SENHOR.
7  Deram, pois, o dinheiro aos pedreiros e carpinteiros, como também comida e bebida, e azeite aos sidónios, e aos tírios, para trazerem do Líbano madeira de cedro ao mar, para Jope, segundo a concessão que lhes tinha feito Ciro, rei da Pérsia.
8  E no segundo ano da sua vinda à casa de Deus em Jerusalém, no segundo mês, Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesuá, filho de Jozadaque, e os outros seus irmãos, os sacerdotes e os levitas, e todos os que vieram do cativeiro a Jerusalém, começaram a obra da casa do SENHOR, e constituíram os levitas da idade de vinte anos para cima, para que a dirigissem.
9  Então se levantou Jesuá, seus filhos, e seus irmãos, Cadmiel e seus filhos, os filhos de Judá, como um só homem, para dirigirem os que faziam a obra na casa de Deus, bem como os filhos de Henadade, seus filhos e seus irmãos, os levitas.
10  Quando, pois, os edificadores lançaram os alicerces do templo do SENHOR, então apresentaram-se os sacerdotes, já vestidos e com trombetas, e os levitas, filhos de Asafe, com címbalos, para louvarem ao SENHOR conforme à instituição de Davi, rei de Israel.
11  E cantavam juntos por grupo, louvando e rendendo graças ao SENHOR, dizendo: porque é bom; porque a sua benignidade dura para sempre sobre Israel. E todo o povo jubilou com altas vozes, quando louvaram ao SENHOR, pela fundação da casa do SENHOR.
12  Porém muitos dos sacerdotes, e levitas e chefes dos pais, já idosos, que viram a primeira casa, choraram em altas vozes quando à sua vista foram lançados os fundamentos desta casa; mas muitos levantaram as vozes com júbilo e com alegria.
13  De maneira que não discernia o povo as vozes do júbilo de alegria das vozes do choro do povo; porque o povo jubilava com tão altas vozes, que o som se ouvia de muito longe.


ESDRAS Capítulo 4
1  Ouvindo, pois, os adversários de Judá e Benjamim que os que voltaram do cativeiro edificavam o templo ao SENHOR Deus de Israel,
2  Chegaram-se a Zorobabel e aos chefes dos pais, e disseram-lhes: Deixai-nos edificar convosco, porque, como vós, buscaremos a vosso Deus; como também já lhe sacrificamos desde os dias de Esar-Hadom, rei da Assíria, que nos fez subir aqui.
3  Porém Zorobabel, e Jesuá, e os outros chefes dos pais de Israel lhes disseram: Não convém que nós e vós edifiquemos casa a nosso Deus; mas nós sozinhos a edificaremos ao SENHOR Deus de Israel, como nos ordenou o rei Ciro, rei da Pérsia.
4  Todavia o povo da terra debilitava as mãos do povo de Judá, e inquietava-os no edificar.
5  E alugaram contra eles conselheiros, para frustrarem o seu plano, todos os dias de Ciro, rei da Pérsia, até ao reinado de Dario, rei da Pérsia.
6  No reinado de Assuero, no princípio do seu reinado, escreveram uma acusação contra os habitantes de Judá e de Jerusalém.
7  E nos dias de Artaxerxes escreveram Bislão, Mitredate, Tabeel, e os outros seus companheiros, a Artaxerxes, rei da Pérsia; e a carta estava escrita em caracteres siríacos, e na língua siríaca.
8  Escreveram, pois, Reum, o chanceler, e Sinsai, o escrivão, uma carta contra Jerusalém, ao rei Artaxerxes do teor seguinte:
9  Então escreveu Reum, o chanceler, e Sinsai, o escrivão, e os outros seus companheiros, os dinaítas, afarsaquitas, tarpelitas, afarsitas, arquevitas, babilónios, susanquitas, deavitas, elamitas,
10  E os outros povos, que o grande e afamado Asnapar transportou, e que fez habitar na cidade de Samaria, e nas demais províncias dalém do rio.
11  Este, pois, é o teor da carta que mandaram ao rei Artaxerxes: Teus servos, os homens dalém do rio, em tal tempo.
12  Saiba o rei que os judeus, que subiram de ti, vieram a nós em Jerusalém, e reedificam aquela rebelde e malvada cidade, e vão restaurando os seus muros, e reparando os seus fundamentos.
13  Agora saiba o rei que, se aquela cidade se reedificar, e os muros se restaurarem, eles não pagarão os direitos, os tributos e os pedágios; e assim se danificará a fazenda dos reis.
14  Agora, pois, porquanto somos assalariados do palácio, e não nos convém ver a desonra do rei, por isso mandamos avisar ao rei,
15  Para que se busque no livro das crónicas de teus pais. E acharás no livro das crónicas, e saberás que aquela foi uma cidade rebelde, e danosa aos reis e províncias, e que nela houve rebelião em tempos antigos; por isso foi aquela cidade destruída.
16  Nós, pois, fazemos notório ao rei que, se aquela cidade se reedificar, e os seus muros se restaurarem, sucederá que não terás porção alguma deste lado do rio.
17  E o rei enviou esta resposta a Reum, o chanceler, e a Sinsai, o escrivão, e aos demais seus companheiros, que habitavam em Samaria; como também aos demais que estavam dalém do rio: Paz! em tal tempo.
18  A carta que nos enviastes foi explicitamente lida diante de mim.
19  E, ordenando-o eu, buscaram e acharam, que de tempos antigos aquela cidade se levantou contra os reis, e nela se têm feito rebelião e sedição.
20  Também houve reis poderosos sobre Jerusalém que dalém do rio dominaram em todo o lugar, e se lhes pagaram direitos, tributos e pedágios.
21  Agora, pois, dai ordem para impedirdes aqueles homens, a fim de que não se edifique aquela cidade, até que eu dê uma ordem.
22  E guardai-vos de serdes remissos nisto; por que cresceria o dano para prejuízo dos reis?
23  Então, depois que a cópia da carta do rei Artaxerxes foi lida perante Reum, e Sinsai, o escrivão, e seus companheiros, apressadamente foram eles a Jerusalém, aos judeus, e os impediram à força e com violência.
24  Então cessou a obra da casa de Deus, que estava em Jerusalém; e cessou até ao ano segundo do reinado de Dario, rei da Pérsia.


ESDRAS Capítulo 5
1  E os profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido, profetizaram aos judeus que estavam em Judá, e em Jerusalém; em nome do Deus de Israel lhes profetizaram.
2  Então se levantaram Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesuá, filho de Jozadaque, e começaram a edificar a casa de Deus, que está em Jerusalém; e com eles os profetas de Deus, que os ajudavam.
3  Naquele tempo vieram a eles Tatenai, governador dalém do rio, e Setar-Bozenai, e os seus companheiros, e disseram-lhes assim: Quem vos deu ordem para reedificardes esta casa, e restaurardes este muro?
4  Disseram-lhes, mais: E quais são os nomes dos homens que construíram este edifício?
5  Porém os olhos de Deus estavam sobre os anciãos dos judeus, e não os impediram, até que o negócio chegasse a Dario, e viesse resposta por carta sobre isso.
6  Cópia da carta que Tatenai, o governador dalém do rio, com Setar-Bozenai e os seus com-panheiros, os afarsaquitas, que estavam dalém do rio, enviaram ao rei Dario.
7  Enviaram-lhe uma carta, na qual estava escrito: Toda a paz ao rei Dario.
8  Seja notório ao rei, que nós fomos à província de Judá, à casa do grande Deus, a qual se edifica com grandes pedras, e a madeira já está sendo posta nas paredes; e esta obra vai sendo feita com diligência, e se adianta em suas mãos.
9  Então perguntamos aos anciãos, e assim lhes dissemos: Quem vos deu ordem para reedificardes esta casa, e restaurardes este muro?
10  Além disso, lhes perguntamos também pelos seus nomes, para tos declararmos; para que te pudéssemos escrever os nomes dos homens que entre eles são os chefes.
11  E esta foi a resposta que nos deram: Nós somos servos do Deus dos céus e da terra, e reedificamos a casa que há muitos anos foi edificada; porque um grande rei de Israel a edificou e a terminou.
12  Mas depois que nossos pais provocaram à ira o Deus dos céus, ele os entregou nas mãos de Nabucodonosor, rei de Babilónia, o caldeu, o qual destruiu esta casa, e transportou o povo para Babilónia.
13  Porém, no primeiro ano de Ciro, rei de Babilónia, o rei Ciro deu ordem para que esta casa de Deus se reedificasse.
14  E até os utensílios de ouro e prata, da casa de Deus, que Nabucodonosor tomou do templo que estava em Jerusalém e os levou para o templo de Babilónia, o rei Ciro os tirou do templo de Babilónia, e foram dados a um homem cujo nome era Sesbazar, a quem nomeou governador.
15  E disse-lhe: Toma estes utensílios, vai e leva-os ao templo que está em Jerusalém, e faze reedificar a casa de Deus, no seu lugar.
16  Então veio este Sesbazar, e pós os fundamentos da casa de Deus, que está em Jerusalém e desde então para cá se está reedificando, e ainda não está acabada.
17  Agora, pois, se parece bem ao rei, busque-se na casa dos tesouros do rei, que está em Babilónia, se é verdade que se deu uma ordem pelo rei Ciro para reedificar esta casa de Deus em Jerusalém; e sobre isto nos faça saber a vontade do rei.


ESDRAS Capítulo 6
1  Então o rei Dario deu ordem, e buscaram nos arqui-vos, onde se guardavam os tesouros em Babilónia.
2  E em Acmeta, no palácio, que está na província de Média, se achou um rolo, e nele estava escrito um memorial que dizia assim:
3  No primeiro ano do rei Ciro, este baixou o seguinte decreto: A casa de Deus, em Jerusalém, se reedificará para lugar em que se ofereçam sacrifícios, e seus fundamentos serão firmes; a sua altura de sessenta cóvados, e a sua largura de sessenta cóvados;

4  Com três carreiras de grandes pedras, e uma carreira de madeira nova; e a despesa se fará da casa do rei.
5  Além disso, os utensílios de ouro e de prata da casa de Deus, que Nabucodonosor transportou do templo que estava em Jerusalém, e levou para Babilónia, serão restituídos, para que voltem ao seu lugar, ao templo que está em Jerusalém, e serão postos na casa de Deus.
6  Agora, pois, Tatenai, governador dalém do rio, Setar-Bozenai, e os seus companheiros, os afarsaquitas, que habitais dalém do rio, apartai-vos dali.
7  Deixai que se faça a obra desta casa de Deus; que o governador dos judeus e os seus anciãos reedifiquem esta casa de Deus no seu lugar.
8  Também por mim se decreta o que haveis de fazer com os anciãos dos judeus, para a reedificação desta casa de Deus, a saber: que da fazenda do rei, dos tributos dalém do rio se pague prontamente a despesa a estes homens, para que não interrompam a obra.

9  E o que for necessário, como bezerros, carneiros, e cordeiros, para holocaustos ao Deus dos céus, trigo, sal, vinho e azeite, segundo o rito dos sacerdotes que estão em Jerusalém, dê-se-lhes, de dia em dia, para que não haja falta.
10  Para que ofereçam sacrifícios de cheiro suave ao Deus dos céus, e orem pela vida do rei e de seus filhos.
11  Também por mim se decreta que todo o homem que mudar este decreto, se arrancará um madeiro da sua casa, e, levantado, o pendurarão nele, e da sua casa se fará por isso um monturo.
12  O Deus, pois, que fez habitar ali o seu nome derrube a todos os reis e povos que estenderem a sua mão para mudar o decreto e para destruir esta casa de Deus, que está em Jerusalém. Eu, Dario, baixei o decreto; com diligência se faça.
13  Então Tatenai, o governador dalém do rio, Setar-Bozenai e os seus companheiros, assim fizeram diligentemente, conforme ao que decretara o rei Dario.
14  E os anciãos dos judeus iam edificando e prosperando pela profecia do profeta Ageu, e de Zacarias, filho de Ido. E edificaram e terminaram a obra conforme ao mandado do Deus de Israel, e conforme ao decreto de Ciro e Dario, e de Artaxerxes, rei da Pérsia.
15  E acabou-se esta casa no terceiro dia do mês de Adar, no sexto ano do reinado do rei Dario.
16  E os filhos de Israel, os sacerdotes, os levitas, e o restante dos filhos do cativeiro, fizeram a dedicação desta casa de Deus com alegria.
17  E ofereceram para a dedicação desta casa de Deus cem novilhos, duzentos carneiros, quatrocentos cordeiros, e doze cabritos por expiação do pecado de todo o Israel; segundo o número das tribos de Israel.
18  E puseram os sacerdotes nas suas turmas e os levitas nas suas divisões, para o ministério de Deus, em Jerusalém, conforme ao que está escrito no livro de Moisés.
19  E os filhos do cativeiro celebraram a páscoa no dia catorze do primeiro mês.
20  Porque os sacerdotes e levitas se purificaram como se fossem um só homem, todos estavam limpos; e mataram o cordeiro da páscoa para todos os filhos do cativeiro, e para seus irmãos, os sacerdotes, e para si mesmos.
21  Assim comeram a páscoa os filhos de Israel que tinham voltado do cativeiro, com todos os que com eles se apartaram da imundícia dos gentios da terra, para buscarem o SENHOR Deus de Israel;
22  E celebraram a festa dos pães ázimos por sete dias com alegria; porque o SENHOR os tinha alegrado, e tinha mudado o coração do rei da Assíria a favor deles, para lhes fortalecer as mãos na obra da casa de Deus, o Deus de Israel.


ESDRAS Capítulo 7
1  E passadas estas coisas no reinado de Artaxerxes, rei da Pérsia, Esdras, filho de Seraías, filho de Azarias, filho de Hilquias,
2  Filho de Salum, filho de Zadoque, filho de Aitube,
3  Filho de Amarias, filho de Azarias, filho de Meraiote,
4  Filho de Zeraquias, filho de Uzi, filho de Buqui,
5  Filho de Abisua, filho de Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão, o sumo sacerdote;
6  Este Esdras subiu de Babilónia; e era escriba hábil na lei de Moisés, que o SENHOR Deus de Israel tinha dado; e, segundo a mão do SENHOR seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe deu tudo quanto lhe pedira.
7  Também subiram a Jerusalém alguns dos filhos de Israel, dos sacerdotes, dos levitas, dos cantores, dos porteiros e dos servidores do templo, no sétimo ano do rei Artaxerxes.
8  E no quinto mês chegou a Jerusalém, no sétimo ano deste rei.
9  Pois no primeiro dia do primeiro mês foi o princípio da partida de Babilónia; e no primeiro dia do quinto mês chegou a Jerusalém, segundo a boa mão do seu Deus sobre ele.
10  Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a lei do SENHOR e para cumpri-la e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.
11  Esta é, pois, a cópia da carta que o rei Artaxerxes deu ao sacerdote Esdras, o escriba das palavras dos mandamentos do SENHOR, e dos seus estatutos sobre Israel:
12  Artaxerxes, rei dos reis, ao sacerdote Esdras, escriba da lei do Deus do céu, paz perfeita, etc.
13  Por mim se decreta que no meu reino todo aquele do povo de Israel, e dos seus sacerdotes e levitas, que quiser ir contigo a Jerusalém, vá.
14  Porquanto és enviado da parte do rei e dos seus sete conselheiros para fazeres inquirição a respeito de Judá e de Jerusalém, conforme à lei do teu Deus, que está na tua mão;
15  E para levares a prata e o ouro que o rei e os seus conselheiros voluntariamente deram ao Deus de Israel, cuja habitação está em Jerusalém;
16  E toda a prata e o ouro que achares em toda a província de Babilónia, com as ofertas voluntárias do povo e dos sacerdotes, que voluntariamente oferecerem, para a casa de seu Deus, que está em Jerusalém.
17  Portanto diligentemente comprarás com este dinheiro novilhos, carneiros, cordeiros, com as suas ofertas de alimentos, e as suas libações, e as oferecerás sobre o altar da casa de vosso Deus, que está em Jerusalém.
18  Também o que a ti e a teus irmãos bem parecer fazerdes do restante da prata e do ouro, o fareis conforme a vontade do vosso Deus.
19  E os utensílios que te foram dados para o serviço da casa de teu Deus, restitui-os perante o Deus de Jerusalém.
20  E tudo mais que for necessário para a casa de teu Deus, que te convenha dar, dá-lo-ás da casa dos tesouros do rei.
21  E por mim mesmo, o rei Arta-xerxes, se decreta a todos os tesoureiros que estão dalém do rio que tudo quanto vos pedir o sacer-dote Esdras, escriba da lei do Deus dos céus, prontamente se faça.
22  Até cem talentos de prata, e até cem coros de trigo, e até cem batos de vinho, e até cem batos de azeite; e sal à vontade.
23  Tudo quanto se ordenar, segundo o mandado do Deus do céu, prontamente se faça para a casa do Deus dos céu; pois, para que haveria grande ira sobre o reino do rei e de seus filhos?
24  Também vos fazemos saber acerca de todos os sacerdotes e levitas, cantores, porteiros, servidores do templo e ministros desta casa de Deus, que não será lícito impor-lhes, nem tributo, nem contribuição, nem renda.
25  E tu, Esdras, conforme a sabedoria do teu Deus, que possues, nomeia magistrados e juízes, que julguem a todo o povo que está dalém do rio, a todos os que sabem as leis do teu Deus; e ao que não as sabe, lhe ensinarás.
26  E todo aquele que não observar a lei do teu Deus e a lei do rei, seja julgado prontamente; quer seja morte, quer desterro, quer multa sobre os seus bens, quer prisão.
27  Bendito seja o SENHOR Deus de nossos pais, que tal inspirou ao coração do rei, para ornar a casa do SENHOR, que está em Jerusalém.
28  E que estendeu para mim a sua benignidade perante o rei e os seus conselheiros e todos os príncipes poderosos do rei. Assim me animei, segundo a mão do SENHOR meu Deus sobre mim, e ajuntei dentre Israel alguns chefes para subirem comigo.


ESDRAS Capítulo 8
1  Estes, pois, são os chefes das casas paternas e esta a genealogia dos que subiram comigo de Babilónia no reinado do rei Artaxerxes:
2  Dos filhos de Finéias, Gérson; dos filhos de Itamar, Daniel; dos filhos de Davi, Hatus;
3  Dos filhos de Secanias, e dos filhos de Parós, Zacarias, e com ele, segundo a genealogia, se contaram até cento e cinqüenta homens.
4  Dos filhos de Paate-Moabe, Elioenai, filho de Zacarias, e com ele duzentos homens.
5  Dos filhos de Secanias, o filho de Jeaziel, e com ele trezentos homens.
6  E dos filhos de Adim, Ebede, filho de Jónatas, e com ele cinqüenta homens.
7  E dos filhos de Elão, Jesaías, filho de Atalias, e com ele setenta homens.
8  E dos filhos de Sefatias, Zebadias, filho de Micael, e com ele oitenta homens.
9  Dos filhos de Joabe, Obadias, filho de Jeiel, e com ele duzentos e dezoito homens.
10  E dos filhos de Selomite, o filho de Josifias, e com ele cento e sessenta homens.
11  E dos filhos de Bebai, Zacarias, o filho de Bebai, e com ele vinte e oito homens.
12  E dos filhos de Azgade, Joanã, o filho de Hacatã, e com ele cento e dez homens.
13  E dos últimos filhos de Adonicão, cujos nomes eram estes: Elifelete, Jeiel e Semaías, e com eles sessenta homens.
14  E dos filhos de Bigvai, Utai e Zabude, e com eles setenta homens.
15  E ajuntei-os perto do rio que vai a Aava, e ficamos ali acampados três dias. Então atentei para o povo e para os sacerdotes, e não achei ali nenhum dos filhos de Levi.
16  Enviei, pois, Eliezer, Ariel, Semaías, Elnatã, Jaribe, Elnatã, Natã, Zacarias e Mesulão, os chefes; como também a Joiaribe, e a Elnatã, que eram entendidos.
17  E enviei-os com mandado a Ido, chefe em Casifia; e falei a eles o que deveriam dizer a Ido e aos seus irmãos, servidores do templo, em Casifia, que nos trouxessem ministros para a casa do nosso Deus.
18  E trouxeram-nos, segundo a boa mão de Deus sobre nós, um homem entendido, dos filhos de Mali, filho de Levi, filho de Israel, a saber: Serebias, com os seus filhos e irmãos, dezoito;
19  E a Hasabias, e com ele Jesaías, dos filhos de Merari, com seus irmãos e os filhos deles, vinte;
20  E dos servidores do templo que Davi e os príncipes deram para o ministério dos levitas, duzentos e vinte servidores do templo; que foram todos mencionados por seus nomes.
21  Então apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos humilharmos diante da face de nosso Deus, para lhe pedirmos caminho seguro para nós, para nossos filhos e para todos os nossos bens.
22  Porque tive vergonha de pedir ao rei, exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo pelo caminho; porquanto tínhamos falado ao rei, dizendo: A mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas o seu poder e a sua ira contra todos os que o deixam.
23  Nós, pois, jejuamos, e pedimos isto ao nosso Deus, e moveu-se pelas nossas orações.
24  Então separei doze dos chefes dos sacerdotes: Serebias, Hasabias, e com eles dez dos seus irmãos.
25  E pesei-lhes a prata, o ouro e os vasos; que eram a oferta para a casa de nosso Deus, que ofereceram o rei, os seus conselheiros, os seus príncipes e todo o Israel que ali se achou.
26  E pesei em suas mãos seiscentos e cinqüenta talentos de prata, e em vasos de prata cem talentos, e cem talentos de ouro,
27  E vinte bacias de ouro, de mil dracmas, e dois vasos de bom metal lustroso, tão precioso como ouro.
28  E disse-lhes: Vós sois santos ao SENHOR, e são santos estes utensílios, como também esta prata e este ouro, oferta voluntária, oferecida ao SENHOR Deus de vossos pais.
29  Vigiai, pois, e guardai-os até que os peseis na presença dos chefes dos sacerdotes e dos levitas, e dos chefes dos pais de Israel, em Jerusalém, nas cámaras da casa do SENHOR.
30  Então os sacerdotes e os levitas receberam o peso da prata, do ouro e dos utensílios, para os trazerem a Jerusalém, à casa de nosso Deus.
31  E partimos do rio Aava, no dia doze do primeiro mês, para irmos a Jerusalém; e a mão do nosso Deus estava sobre nós, e livrou-nos da mão dos inimigos, e dos que nos armavam ciladas pelo caminho.
32  E chegamos a Jerusalém, e repousamos ali três dias.
33  E no quarto dia se pesou a prata, o ouro e os utensílios, na casa do nosso Deus, por mão de Meremote, filho do sacerdote Urias; e com ele Eleazar, filho de Finéias, e com eles Jozabade, filho de Jesuá, e Noadias, filho de Binui, levitas.
34  Tudo foi contado e pesado; e todo o peso foi registrado na mesma ocasião.
35  E os exilados, que vieram do cativeiro, ofereceram holocaustos ao Deus de Israel, doze novilhos por todo o Israel, noventa e seis carneiros, setenta e sete cordeiros, e doze bodes em sacrifício pelo pecado; tudo em holocausto ao SENHOR.
36  Então deram as ordens do rei aos seus sátrapas, e aos governadores dalém do rio; e estes ajudaram o povo e a casa de Deus.


ESDRAS Capítulo 9
1  Acabadas, pois, estas coisas, chegaram-se a mim os príncipes, dizendo: O povo de Israel, os sacerdotes e os levitas, não se têm separado dos povos destas terras, seguindo as abominações dos cananeus, dos heteus, dos perizeus, dos jebuseus, dos amonitas, dos moabitas, dos egípcios, e dos amorreus.
2  Porque tomaram das suas filhas para si e para seus filhos, e assim se misturou a linhagem santa com os povos dessas terras; e até os príncipes e magistrados foram os primeiros nesta transgressão.
3  E, ouvindo eu tal coisa, rasguei as minhas vestes e o meu manto, e arranquei os cabelos da minha cabeça e da minha barba, e sentei-me atónito.
4  Então se ajuntaram a mim todos os que tremiam das palavras do Deus de Israel por causa da transgressão dos do cativeiro; porém eu permaneci sentado atónito até ao sacrifício da tarde.
5  E perto do sacrifício da tarde me levantei da minha aflição, havendo já rasgado as minhas vestes e o meu manto, e me pus de joelhos, e estendi as minhas mãos para o SENHOR meu Deus;
6  E disse: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a minha face, meu Deus; porque as nossas iniqüidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até aos céus.
7  Desde os dias de nossos pais até ao dia de hoje estamos em grande culpa, e por causa das nossas iniqüidades somos entregues, nós e nossos reis e os nossos sacerdotes, na mão dos reis das terras, à espada, ao cativeiro, e ao roubo, e à confusão do rosto, como hoje se vê.
8  E agora, por um pequeno momento, se manifestou a graça da parte do SENHOR, nosso Deus, para nos deixar alguns que escapem, e para dar-nos uma estaca no seu santo lugar; para nos iluminar os olhos, ó Deus nosso, e para nos dar um pouco de vida na nossa servidão.
9  Porque somos servos; porém na nossa servidão não nos desamparou o nosso Deus; antes estendeu sobre nós a sua benignidade perante os reis da Pérsia, para que nos desse vida, para levantarmos a casa do nosso Deus, e para restaurarmos as suas assolações; e para que nos desse uma parede de proteção em Judá e em Jerusalém.
10  Agora, pois, ó nosso Deus, que diremos depois disto? Pois deixamos os teus mandamentos,
11  Os quais mandaste pelo ministério de teus servos, os profetas, dizendo: A terra em que entrais para a possuir, terra imunda é pelas imundícias dos povos das terras, pelas suas abominações com que, na sua corrupção a encheram, de uma extremidade à outra.
12  Agora, pois, vossas filhas não dareis a seus filhos, e suas filhas não tomareis para vossos filhos, e nunca procurareis a sua paz e o seu bem; para que sejais fortes, e comais o bem da terra, e a deixeis por herança a vossos filhos para sempre.
13  E depois de tudo o que nos tem sucedido por causa das nossas más obras, e da nossa grande culpa, porquanto tu, ó nosso Deus, impediste que fóssemos destruídos, por causa da nossa iniqüidade, e ainda nos deste um remanescente como este.
14  Tornaremos, pois, agora a violar os teus mandamentos e a aparentar-nos com os povos destas abominações? Não te indignarias tu assim contra nós até de todo nos consumir, até que não ficasse remanescente nem quem escapasse?
15  Ah! SENHOR Deus de Israel, justo és, pois ficamos qual um remanescente que escapou, como hoje se vê; eis que estamos diante de ti, na nossa culpa, porque ninguém há que possa estar na tua presença, por causa disto.


ESDRAS Capítulo 10
1  E enquanto Esdras orava, e fazia confissão, chorando e prostrando-se diante da casa de Deus, ajuntou-se a ele, de Israel, uma grande congregação, de homens, mulheres e crianças; pois o povo chorava com grande choro.
2  Então Secanias, filho de Jeiel, um dos filhos de Elão, tomou a palavra e disse a Esdras: Nós temos transgredido contra o nosso Deus, e casamos com mulheres estrangeiras dentre os povos da terra, mas, no tocante a isto, ainda há esperança para Israel.
3  Agora, pois, façamos aliança com o nosso Deus de que despediremos todas as mulheres, e os que delas são nascidos, conforme ao conselho do meu senhor, e dos que tremem ao mandado do nosso Deus; e faça-se conforme a lei.
4  Levanta-te, pois, porque te pertence este negócio, e nós seremos contigo; esforça-te, e age.
5  Então Esdras se levantou, e ajuramentou os chefes dos sacerdotes e dos levitas, e a todo o Israel, de que fariam conforme a esta palavra; e eles juraram.
6  E Esdras se levantou de diante da casa de Deus, e entrou na cámara de Joanã, filho de Eliasibe; e, chegando lá, não comeu pão, e nem bebeu água; porque lamentava pela transgressão dos do cativeiro.
7  E fizeram passar pregão por Judá e Jerusalém, a todos os que vieram do cativeiro, para que se ajuntassem em Jerusalém.
8  E que todo aquele que em três dias não viesse, segundo o conselho dos príncipes e dos anciãos, toda a sua fazenda se poria em interdito, e ele seria separado da congregação dos do cativeiro.
9  Então todos os homens de Judá e Benjamim em três dias se ajuntaram em Jerusalém; era o nono mês, aos vinte dias do mês; e todo o povo se assentou na praça da casa de Deus, tremendo por este negócio e por causa das grandes chuvas.
10  Então se levantou Esdras, o sacerdote, e disse-lhes: Vós tendes transgredido, e casastes com mulheres estrangeiras, aumentando a culpa de Israel.
11  Agora, pois, fazei confissão ao SENHOR Deus de vossos pais, e fazei a sua vontade; e apartai-vos dos povos das terras, e das mulheres estrangeiras.
12  E respondeu toda a congregação, e disse em altas vozes: Assim seja, conforme às tuas palavras nos convém fazer.
13  Porém o povo é muito, e também é tempo de grandes chuvas, e não se pode estar aqui fora; nem é obra de um dia nem de dois, porque somos muitos os que transgredimos neste negócio.
14  Ora, ponham-se os nossos líderes, por toda a congregação sobre este negócio; e todos os que em nossas cidades casaram com mulheres estrangeiras venham em tempos apontados, e com eles os anciãos de cada cidade, e os seus juízes, até que desviemos de nós o ardor da ira do nosso Deus, por esta causa.
15  Porém, somente Jónatas, filho de Asael, e Jaseías, filho de Ticva, se opuseram a isto; e Mesulão, e Sabetai, levita, os ajudaram.
16  E assim o fizeram os que voltaram do cativeiro; e o sacerdote Esdras e os homens, chefes dos pais, segundo a casa de seus pais, e todos pelos seus nomes, foram apontados; e assentaram-se no primeiro dia do décimo mês, para inquirirem neste negócio.
17  E no primeiro dia do primeiro mês acabaram de tratar com todos os homens que casaram com mulheres estrangeiras.
18  E acharam-se dos filhos dos sacerdotes que casaram com mulheres estrangeiras: Dos filhos de Jesuá, filho de Jozadaque, e seus irmãos, Maaséias, e Eliezer, e Jaribe, e Gedalias.
19  E deram as suas mãos prometendo que despediriam suas mulheres; e, achando-se culpados, ofereceram um carneiro do rebanho pelo seu delito.
20  E dos filhos de Imer: Hanani e Zebadias.
21  E dos filhos de Harim: Maaséias, Elias, Semaías, Jeiel e Uzias.
22  E dos filhos de Pasur: Elioenai, Maaséias, Ismael, Netanel, Jozabade e Eleasa.
23  E dos levitas: Jozabade, Simei, Quelaías (este é Quelita), Petaías, Judá e Eliezer.
24  E dos cantores: Eliasibe; e dos porteiros: Salum, Telém e Uri.
25  E de Israel, dos filhos de Parós: Ramias, Jezias, Malquias, Miamim, Eleazar, Malquias e Benaia.
26  E dos filhos de Elão: Matanias, Zacarias, Jeiel, Abdi, Jeremote e Elias.
27  E dos filhos de Zatu: Elioenai, Eliasibe, Matanias, Jeremote, Zabade e Aziza.
28  E dos filhos de Bebai: Joanã, Hananias, Zabai e Atlai.
29  E dos filhos de Bani: Mesulão, Maluque, Adaías, Jasube, Seal, Jeremote.
30  E dos filhos de Paate-Moabe: Adna, Quelal, Benaia, Maséias, Matanias, Bezalel, Binui e Manassés.
31  E dos filhos de Harim: Eliezer, Josias, Malquias, Semaías, Simeão,
32  Benjamim, Maluque, Semarias.
33  Dos filhos de Hasum: Matenai, Matatá, Zabade, Elifelete, Jeremai, Manassés e Simei.
34  Dos filhos de Bani: Maadai, Anrão, Uel,
35  Benaia, Bedias, Queluí,
36  Vanias, Meremote, Eliasibe,
37  Matanias, Matnai e Jaasai,
38  E Bani, Binui, Simei,
39  E Selemias, Natã e Adaías,
40  Macnadbai, Sasai, Sarai,
41  Azareel, Selemias, Semarias,
42  Salum, Amarias e José.
43  Dos filhos de Nebo: Jeiel, Matitias, Zabade, Zebina, Jadai, Joel e Benaia.
44  Todos estes tomaram mulheres estrangeiras; e alguns deles tinham mulheres de quem tiveram filhos.


LIVRO DE NEEMIAS
NEEMIAS Capítulo 1
1  As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de Quislev, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza,
2  Que veio Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de Judá; e perguntei-lhes pelos judeus que escaparam, e que restaram do cativeiro, e acerca de Jerusalém.
3  E disseram-me: Os restantes, que ficaram do cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo; e o muro de Jerusalém fendido e as suas portas queimadas a fogo.
4  E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus.
5  E disse: Ah! SENHOR Deus dos céus, Deus grande e terrível! Que guarda a aliança e a benignidade para com aqueles que o amam e guardam os seus mandamentos;
6  Estejam, pois, atentos os teus ouvidos e os teus olhos abertos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que temos cometido contra ti; também eu e a casa de meu pai temos pecado.
7  De todo nos corrompemos contra ti, e não guardamos os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos, que ordenaste a Moisés, teu servo.
8  Lembra-te, pois, da palavra que ordenaste a Moisés, teu servo, dizendo: Vós transgredireis, e eu vos espalharei entre os povos.
9  E vós vos convertereis a mim, e guardareis os meus mandamentos, e os cumprireis; então, ainda que os vossos rejeitados estejam na extremidade do céu, de lá os ajuntarei e os trarei ao lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar o meu nome.
10  Eles são teus servos e o teu povo que resgataste com a tua grande força e com a tua forte mão.
11  Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos à oração do teu servo, e à oração dos teus servos que desejam temer o teu nome; e faze prosperar hoje o teu servo, e dá-lhe graça perante este homem. Então era eu copeiro do rei.


NEEMIAS Capítulo 2
1  Sucedeu, pois, no mês de Nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes, que estava posto vinho diante dele, e eu peguei o vinho e o dei ao rei; porém eu nunca estivera triste diante dele.
2  E o rei me disse: Por que está triste o teu rosto, pois não estás doente? Não é isto senão tristeza de coração; então temi sobremaneira.
3  E disse ao rei: Viva o rei para sempre! Como não estaria triste o meu rosto, estando a cidade, o lugar dos sepulcros de meus pais, assolada, e tendo sido consumidas as suas portas a fogo?
4  E o rei me disse: Que me pedes agora? Então orei ao Deus dos céus,
5  E disse ao rei: Se é do agrado do rei, e se o teu servo é aceito em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique.
6  Então o rei me disse, estando a rainha assentada junto a ele: Quanto durará a tua viagem, e quando voltarás? E aprouve ao rei enviar-me, apontando-lhe eu um certo tempo.
7  Disse mais ao rei: Se ao rei parece bem, dêem-se-me cartas para os governadores dalém do rio, para que me permitam passar até que chegue a Judá.
8  Como também uma carta para Asafe, guarda da floresta do rei, para que me dê madeira para cobrir as portas do paço da casa, para o muro da cidade e para a casa em que eu houver de entrar. E o rei mas deu, segundo a boa mão de Deus sobre mim.
9  Então fui aos governadores dalém do rio, e dei-lhes as cartas do rei; e o rei tinha enviado comigo capitães do exército e cavaleiros.
10  O que ouvindo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita, lhes desagradou extremamente que alguém viesse a procurar o bem dos filhos de Israel.
11  E cheguei a Jerusalém, e estive ali três dias.
12  E de noite me levantei, eu e poucos homens comigo, e não declarei a ninguém o que o meu Deus me pós no coração para fazer em Jerusalém; e não havia comigo animal algum, senão aquele em que estava montado.
13  E de noite saí pela porta do vale, e para o lado da fonte do dragão, e para a porta do monturo, e contemplei os muros de Jerusalém, que estavam fendidos, e as suas portas, que tinham sido consumidas pelo fogo.
14  E passei à porta da fonte, e ao tanque do rei; e não havia lugar por onde pudesse passar o animal em que estava montado.
15  Ainda, de noite subi pelo ribeiro e contemplei o muro; e, virando entrei pela porta do vale; assim voltei.
16  E não souberam os magistrados aonde eu fora nem o que eu fazia; porque ainda nem aos judeus, nem aos sacerdotes, nem aos nobres, nem aos magistrados, nem aos mais que faziam a obra, até então tinha declarado coisa alguma.
17  Então lhes disse: Bem vedes vós a miséria em que estamos, que Jerusalém está assolada, e que as suas portas têm sido queimadas a fogo; vinde, pois, e reedifiquemos o muro de Jerusalém, e não sejamos mais um opróbrio.
18  Então lhes declarei como a mão do meu Deus me fora favorável, como também as palavras do rei, que ele me tinha dito; então disseram: Levantemo-nos, e edifiquemos. E esforçaram as suas mãos para o bem.
19  O que ouvindo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita, e Gesém, o árabe, zombaram de nós, e desprezaram-nos, e disseram: Que é isto que fazeis? Quereis rebelar-vos contra o rei?
20  Então lhes respondi, e disse: O Deus dos céus é o que nos fará prosperar: e nós, seus servos, nos levantaremos e edificaremos; mas vós não tendes parte, nem justiça, nem memória em Jerusalém.


NEEMIAS Capítulo 3
1  E levantou-se Eliasibe, o sumo sacerdote, com os seus irmãos, os sacerdotes, e reedifi-caram a porta das ovelhas, a qual consagraram; e levantaram as suas portas, e até à torre de Meá con-sagraram, e até à torre de Hananel.
2  E junto a ele edificaram os homens de Jericó; também ao seu lado edificou Zacur, filho de Imri.
3  E a porta do peixe edificaram os filhos de Hassenaá; a qual emadeiraram, e levantaram as suas portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos.
4  E ao seu lado reparou Meremote, filho de Urias, o filho de Coz; e ao seu lado reparou Mesulão, filho de Berequias, o filho de Mesezabeel; e ao seu lado reparou Zadoque, filho de Baana.
5  E ao seu lado repararam os tecoítas; porém os seus nobres não submeteram a cerviz ao serviço de seu senhor.
6  E a porta velha repararam-na Joiada, filho de Paséia, e Mesulão, filho de Besodias; estes a emadeiraram, e levantaram as suas portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos.
7  E ao seu lado repararam Melatias, o gibeonita, e Jadom, meronotita, homens de Gibeom e Mizpá, que pertenciam ao domínio do governador dalém do rio.
8  Ao seu lado reparou Uziel, filho de Haraías, um dos ourives; e ao seu lado reparou Hananias, filho de um dos boticários; e fortificaram a Jerusalém até ao muro largo.
9  E ao seu lado reparou Refaías, filho de Hur, líder da metade de Jerusalém.
10  E ao seu lado reparou Jedaías, filho de Harumafe, e defronte de sua casa e ao seu lado reparou Hatus, filho de Hasabnéias.
11  A outra porção reparou Malquias, filho de Harim, e Hasube, filho de Paate-Moabe; como também a torre dos fornos.
12  E ao seu lado reparou Sallum, filho de Haloés, líder da outra meia parte de Jerusalém, ele e suas filhas.
13  A porta do vale reparou-a Hanum e os moradores de Zanoa; estes a edificaram, e lhe levantaram as portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos, como também mil cóvados do muro, até a porta do monturo.
14  E a porta do monturo reparou-a Malquias, filho de Recabe, líder do distrito de Bete-Haquerem; este a edificou, e lhe levantou as portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos.
15  E a porta da fonte reparou-a Salum, filho de Col-Hosé, líder do distrito de Mizpá; este a edificou, e a cobriu, e lhe levantou as portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos, como também o muro do tanque de Hasselá, ao pé do jardim do rei, e até aos degraus que descem da cidade de Davi.
16  Depois dele edificou Neemias, filho de Azbuque, líder da metade de Bete-Zur, até defronte dos sepulcros de Davi, até ao tanque artificial e até à casa dos valentes.
17  Depois dele repararam os levitas, Reum, filho de Bani; ao seu lado reparou Hasabias, líder da metade de Queila, no seu distrito.
18  Depois dele repararam seus irmãos, Bavai, filho de Henadade, líder da outra meia parte de Queila.
19  Ao seu lado reparou Ezer, filho de Jesuá, líder de Mizpá, outra porção, defronte da subida à casa das armas, à esquina.
20  Depois dele reparou com grande ardor Baruque, filho de Zabai, outra medida, desde a esquina até à porta da casa de Eliasibe, o sumo sacerdote.
21  Depois dele reparou Meremote, filho de Urias, o filho de Coz, outra porção, desde a porta da casa de Eliasibe, até à extremidade da casa de Eliasibe.
22  E depois dele repararam os sacerdotes que habitavam na campina.
23  Depois reparou Benjamim e Hasube, defronte da sua casa; depois dele reparou Azarias, filho de Maaséias, o filho de Ananias, junto à sua casa.
24  Depois dele reparou Binui, filho de Henadade, outra porção, desde a casa de Azarias até à esquina, e até ao canto.
25  Palal, filho de Uzai, reparou defronte da esquina, e a torre que sai da casa real superior, que está junto ao pátio da prisão; depois dele Pedaías, filho de Parós.
26  E os servidores do templo que habitavam em Ofel, até defronte da porta das águas, para o oriente, e até à torre alta.
27  Depois repararam os tecoítas outra porção, defronte da torre grande e alta, e até ao muro de Ofel.
28  Desde acima da porta dos cavalos repararam os sacerdotes, cada um defronte da sua casa.
29  Depois deles reparou Zadoque, filho de Imer, defronte da sua casa; e depois dele reparou Semaías, filho de Secanias, guarda da porta oriental.
30  Depois dele reparou Hananias, filho de Selemias, e Hanum, filho de Zalafe, o sexto, outra porção; depois dele reparou Mesulão, filho de Berequias, defronte da sua cámara.
31  Depois dele reparou Malquias, filho de um ourives, até à casa dos servidores do templo e mercadores, defronte da porta de Mifcade, e até à cámara do canto.
32  E entre a cámara do canto e a porta das ovelhas, repararam os ourives e os mercadores.


NEEMIAS Capítulo 4
1  E sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito; e escarneceu dos judeus.
2  E falou na presença de seus irmãos, e do exército de Samaria, e disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-se-lhes-á isto? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas?
3  E estava com ele Tobias, o amonita, e disse: Ainda que edifiquem, contudo, vindo uma raposa, derrubará facilmente o seu muro de pedra.
4  Ouve, ó nosso Deus, que somos tão desprezados, e torna o seu opróbrio sobre a sua cabeça, e dá-los por presa, na terra do cativeiro.
5  E não cubras a sua iniqüidade, e não se risque de diante de ti o seu pecado, pois que te irritaram na presença dos edificadores.
6  Porém edificamos o muro, e todo o muro se fechou até sua metade; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar.
7  E sucedeu que, ouvindo Sambalate e Tobias, e os árabes, os amonitas, e os asdoditas, que tanto ia crescendo a reparação dos muros de Jerusalém, que já as roturas se começavam a tapar, iraram-se sobremodo,
8  E ligaram-se entre si todos, para virem guerrear contra Jerusalém, e para os desviarem do seu intento.
9  Porém nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite, por causa deles.
10  Então disse Judá: Já desfaleceram as forças dos carregadores, e o pó é muito, e nós não poderemos edificar o muro.
11  Disseram, porém, os nossos inimigos: Nada saberão disto, nem verão, até que entremos no meio deles, e os matemos; assim faremos cessar a obra.
12  E sucedeu que, vindo os judeus que habitavam entre eles, dez vezes nos disseram: De todos os lugares, tornarão contra nós.
13  Então pus guardas nos lugares baixos por detrás do muro e nos altos; e pus ao povo pelas suas famílias com as suas espadas, com as suas lanças, e com os seus arcos.
14  E olhei, e levantei-me, e disse aos nobres, aos magistrados, e ao restante do povo: Não os temais; lembrai-vos do grande e terrível Senhor, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas mulheres e vossas casas.
15  E sucedeu que, ouvindo os nossos inimigos que já o sabíamos, e que Deus tinha dissipado o conselho deles, todos voltamos ao muro, cada um à sua obra.
16  E sucedeu que, desde aquele dia, metade dos meus servos trabalhava na obra, e metade deles tinha as lanças, os escudos, os arcos e as couraças; e os líderes estavam por detrás de toda a casa de Judá.
17  Os que edificavam o muro, os que traziam as cargas e os que carregavam, cada um com uma das mãos fazia a obra e na outra tinha as armas.
18  E os edificadores cada um trazia a sua espada cingida aos lombos, e edificavam; e o que tocava a trombeta estava junto comigo.
19  E disse eu aos nobres, aos magistrados e ao restante do povo: Grande e extensa é a obra, e nós estamos apartados do muro, longe uns dos outros.
20  No lugar onde ouvirdes o som da buzina, ali vos ajuntareis conosco; o nosso Deus pelejará por nós.
21  Assim trabalhávamos na obra; e metade deles tinha as lanças desde a subida da alva até ao sair das estrelas.
22  Também naquele tempo disse ao povo: Cada um com o seu servo fique em Jerusalém, para que à noite nos sirvam de guarda, e de dia na obra.
23  E nem eu, nem meus irmãos, nem meus servos, nem os homens da guarda que me seguiam largávamos as nossas vestes; cada um tinha suas armas e água.


NEEMIAS Capítulo 5
1  Foi, porém, grande o clamor do povo e de suas mulheres, contra os judeus, seus irmãos.
2  Porque havia quem dizia: Nós, nossos filhos e nossas filhas, somos muitos; então tomemos trigo, para que comamos e vivamos.
3  Também havia quem dizia: As nossas terras, as nossas vinhas e as nossas casas empenhamos, para tomarmos trigo nesta fome.
4  Também havia quem dizia: Tomamos emprestado dinheiro até para o tributo do rei, sobre as nossas terras e as nossas vinhas.
5  Agora, pois, a nossa carne é como a carne de nossos irmãos, e nossos filhos como seus filhos; e eis que sujeitamos nossos filhos e nossas filhas para serem servos; e até algumas de nossas filhas são tão sujeitas, que já não estão no poder de nossas mãos; e outros têm as nossas terras e as nossas vinhas.
6  Ouvindo eu, pois, o seu clamor, e estas palavras, muito me indignei.
7  E considerei comigo mesmo no meu coração; depois pelejei com os nobres e com os magistrados, e disse-lhes: Sois usurários cada um para com seu irmão. E convoquei contra eles uma grande assembléia.
8  E disse-lhes: Nós resgatamos os judeus, nossos irmãos, que foram vendidos às nações, segundo nossas posses; e vós outra vez venderíeis a vossos irmãos, ou vender-se-iam a nós? Então se calaram, e não acharam que responder.
9  Disse mais: Não é bom o que fazeis; porventura não andaríeis no temor do nosso Deus, por causa do opróbrio das nações, os nossos inimigos?
10  Também eu, meus irmãos e meus servos, a juros lhes temos emprestado dinheiro e trigo. Deixemos este ganho.
11  Restituí-lhes hoje, vos peço, as suas terras, as suas vinhas, os seus olivais e as suas casas; como também a centésima parte do dinheiro, do trigo, do mosto e do azeite, que vós exigis deles.
12  Então disseram: Restituir-lhes-emos, e nada procuraremos deles; faremos assim como dizes. Então chamei os sacerdotes, e os fiz jurar que fariam conforme a esta palavra.
13  Também sacudi as minhas vestes, e disse: Assim sacuda Deus todo o homem da sua casa e do seu trabalho que não confirmar esta palavra, e assim seja sacudido e vazio. E toda a congregação disse: Amém! E louvaram ao SENHOR; e o povo fez conforme a esta palavra.
14  Também desde o dia em que me mandou que eu fosse seu governador na terra de Judá, desde o ano vinte, até ao ano trinta e dois do rei Artaxerxes, doze anos, nem eu nem meus irmãos comemos o pão do governador.
15  Mas os primeiros governadores, que foram antes de mim, oprimiram o povo, e tomaram-lhe pão e vinho e, além disso, quarenta siclos de prata, como também os seus servos dominavam sobre o povo; porém eu assim não fiz, por causa do temor de Deus.
16  Como também na obra deste muro fiz reparação, e terra nenhuma compramos; e todos os meus servos se ajuntaram ali à obra.
17  Também dos judeus e dos magistrados, cento e cinqüenta homens, e os que vinham a nós dentre as nações que estão ao redor de nós, se punham a minha mesa.
18  E o que se preparava para cada dia era um boi e seis ovelhas escolhidas; também aves se me preparavam e, de dez em dez dias, muito vinho de todas as espécies; e nem por isso exigi o pão do governador, porquanto a servidão deste povo era grande.
19  Lembra-te de mim para bem, ó meu Deus, e de tudo quanto fiz a este povo.


NEEMIAS Capítulo 6
1  Sucedeu que, ouvindo Sambalate, Tobias, Gesem, o árabe, e o resto dos nossos inimigos, que eu tinha edificado o muro, e que nele já não havia brecha alguma, ainda que até este tempo não tinha posto as portas nos portais,
2  Sambalate e Gesem mandaram dizer-me: Vem, e congreguemo-nos juntamente nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal.
3  E enviei-lhes mensageiros a dizer: Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter convosco?
4  E do mesmo modo enviaram a mim quatro vezes; e da mesma forma lhes respondi.
5  Então Sambalate ainda pela quinta vez me enviou seu servo com uma carta aberta na sua mão;
6  E na qual estava escrito: Entre os gentios se ouviu, e Gesem diz: Tu e os judeus intentais rebelar-vos, então edificas o muro; e tu te farás rei deles segundo estas palavras;
7  E que puseste profetas, para pregarem de ti em Jerusalém, dizendo: Este é rei em Judá; de modo que o rei o ouvirá, segundo estas palavras; vem, pois, agora, e consultemos juntamente.
8  Porém eu mandei dizer-lhe: De tudo o que dizes coisa nenhuma sucedeu; mas tu, do teu coração, o inventas.
9  Porque todos eles procuravam atemorizar-nos, dizendo: As suas mãos largarão a obra, e não se efetuará. Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos.
10  E, entrando eu em casa de Semaías, filho de Delaías, o filho de Meetabel (que estava encerrado), disse ele: Vamos juntamente à casa de Deus, ao meio do templo, e fechemos as portas do templo; porque virão matar-te; sim, de noite virão matar-te.
11  Porém eu disse: Um homem como eu fugiria? E quem há, como eu, que entre no templo para que viva? De maneira nenhuma entrarei.
12  E percebi que não era Deus quem o enviara; mas esta profecia falou contra mim, porquanto Tobias e Sambalate o subornaram.
13  Para isto o subornaram, para me atemorizar, e para que assim fizesse, e pecasse, para que tivessem alguma causa para me infamarem, e assim me vituperarem.
14  Lembra-te, meu Deus, de Tobias e de Sambalate, conforme a estas suas obras, e também da profetisa Noadia, e dos mais profetas que procuraram atemorizar-me.
15  Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco do mês de Elul; em cinqüenta e dois dias.
16  E sucedeu que, ouvindo-o todos os nossos inimigos, todos os povos que havia em redor de nós temeram, e abateram-se muito a seus próprios olhos; porque reconheceram que o nosso Deus fizera esta obra.
17  Também naqueles dias alguns nobres de Judá escreveram muitas cartas que iam para Tobias; e as cartas de Tobias vinham para eles.
18  Porque muitos em Judá lhe eram ajuramentados, porque era genro de Secanias filho de Ará; e seu filho Joanã se casara com a filha de Mesulão, filho de Berequias.
19  Também as suas boas ações contavam perante mim, e as minhas palavras transmitiam a ele; portanto Tobias escrevia cartas para me atemorizar.


NEEMIAS Capítulo 7
1  Sucedeu que, depois que o muro foi edificado, eu levantei as portas; e foram estabelecidos os porteiros, os cantores e os levitas.
2  Eu nomeei a Hanani, meu irmão, e a Hananias, líder da fortaleza, em Jerusalém; porque ele era homem fiel e temente a Deus, mais do que muitos.
3  E disse-lhes: Não se abram as portas de Jerusalém até que o sol aqueça, e enquanto os que assistirem ali permanecerem, fechem as portas, e vós trancai-as; e ponham-se guardas dos moradores de Jerusalém, cada um na sua guarda, e cada um diante da sua casa.
4  E era a cidade larga de espaço, e grande, porém pouco povo havia dentro dela; e ainda as casas não estavam edificadas.
5  Então o meu Deus me pós no coração que ajuntasse os nobres, os magistrados e o povo, para registrar as genealogias; e achei o livro da genealogia dos que subiram primeiro e nele estava escrito o seguinte:
6  Estes são os filhos da província, que subiram do cativeiro dos exilados, que transportara Nabucodonosor, rei de Babilónia; e voltaram para Jerusalém e para Judá, cada um para a sua cidade.
7  Os quais vieram com Zorobabel, Jesuá, Neemias, Azarias, Raamias, Naamani, Mordecai, Bilsã, Misperete, Bigvai, Neum, e Baana; este é o número dos homens do povo de Israel.
8  Foram os filhos de Parós, dois mil, cento e setenta e dois.
9  Os filhos de Sefatias, trezentos e setenta e dois.
10  Os filhos de Ará, seiscentos e cinqüenta e dois.
11  Os filhos de Paate-Moabe, dos filhos de Jesuá e de Joabe, dois mil, oitocentos e dezoito.
12  Os filhos de Elão, mil, duzen-tos e cinqüenta e quatro.
13  Os filhos de Zatu, oitocentos e quarenta e cinco.
14  Os filhos de Zacai, setecentos e sessenta.
15  Os filhos de Binui, seiscentos e quarenta e oito.
16  Os filhos de Bebai, seiscentos e vinte e oito.
17  Os filhos de Azgade, dois mil, trezentos e vinte e dois.
18  Os filhos de Adonicão, seiscentos e sessenta e sete.
19  Os filhos de Bigvai, dois mil e sessenta e sete.
20  Os filhos de Adim, seiscentos e cinqüenta e cinco.
21  Os filhos de Ater, de Ezequias, noventa e oito.
22  Os filhos de Hassum, trezentos e vinte e oito.
23  Os filhos de Bezai, trezentos e vinte e quatro.
24  Os filhos de Harife, cento e doze.
25  Os filhos de Gibeom, noventa e cinco.
26  Os homens de Belém e de Netofa, cento e oitenta e oito.
27  Os homens de Anatote, cento e vinte e oito.
28  Os homens de Bete-Azmavete, quarenta e dois.
29  Os homens de Quiriate-Jearim, Quefira e Beerote, setecentos e quarenta e três.
30  Os homens de Ramá e Geba, seiscentos e vinte e um.
31  Os homens de Micmás, cento e vinte e dois.
32  Os homens de Betel e Ai, cento e vinte e três.
33  Os homens do outro Nebo, cinqüenta e dois.
34  Os filhos do outro Elão, mil, duzentos e cinqüenta e quatro:
35  Os filhos de Harim, trezentos e vinte.
36  Os filhos de Jericó, trezentos e quarenta e cinco.
37  Os filhos de Lode, Hadide e Ono, setecentos e vinte e um.
38  Os filhos de Senaá, três mil, novecentos e trinta.
39  Os sacerdotes: Os filhos de Jedaías, da casa de Jesuá, novecentos e setenta e três.
40  Os filhos de Imer, mil e cinqüenta e dois.
41  Os filhos de Pasur, mil, duzentos e quarenta e sete.
42  Os filhos de Harim, mil e dezessete.
43  Os levitas: Os filhos de Jesuá, de Cadmiel, dos filhos de Hodeva, setenta e quatro.
44  Os cantores: Os filhos de Asafe, cento e quarenta e oito.
45  Os porteiros: Os filhos de Salum, os filhos de Ater, os filhos de Talmom, os filhos de Acube, os filhos de Hatita, os filhos de Sobai, cento e trinta e oito.
46  Os servidores do templo: Os filhos de Zia, os filhos de Hasufa, os filhos de Tabaote,
47  Os filhos de Queros, os filhos de Sia, os filhos de Padom,
48  Os filhos de Lebana, os filhos de Hagaba, os filhos de Salmai,
49  Os filhos de Hanã, os filhos de Gidel, os filhos de Gaar,
50  Os filhos de Reaías, os filhos de Rezim, os filhos de Necoda,
51  Os filhos de Gazão, os filhos de Uzá, os filhos de Paseá,
52  Os filhos de Besai, os filhos de Meunim, os filhos de Nefussim,
53  Os filhos de Bacbuque, os filhos de Hacufa, os filhos de Harur,
54  Os filhos de Bazlite, os filhos de Meída, os filhos de Harsa,
55  Os filhos de Barcos, os filhos de Sísera, os filhos de Tamá,
56  Os filhos de Nezia, os filhos de Hatifa.
57  Os filhos dos servos de Salomão, os filhos de Sotai, os filhos de Soferete, os filhos de Perida,
58  Os filhos de Jaalá, os filhos de Darcom, os filhos de Gidel,
59  Os filhos de Sefatias, os filhos de Hatil, os filhos de Poquerete-Hazebaim, os filhos de Amom.
60  Todos os servidores do templo e os filhos dos servos de Salomão, trezentos e noventa e dois.
61  Também estes subiram de Tel-Melá, e Tel-Harsa, Querube, Adom, Imer; porém não puderam provar que a casa de seus pais e a sua linhagem, eram de Israel.
62  Os filhos de Dalaías, os filhos de Tobias, os filhos de Necoda, seiscentos e quarenta e dois.
63  E dos sacerdotes: os filhos de Hobaías, os filhos de Coz, os filhos de Barzilai, que tomara uma mulher das filhas de Barzilai, o gileadita, e que foi chamado do seu nome.
64  Estes buscaram o seu registro nos livros genealógicos, porém não se achou; então, como imundos, foram excluídos do sacerdócio.
65  E o governador lhes disse que não comessem das coisas sagradas, até que se apresentasse o sacerdote com Urim e Tumim.
66  Toda esta congregação junta foi de quarenta e dois mil, trezentos e sessenta,
67  Afora os seus servos e as suas servas, que foram sete mil, trezentos e trinta e sete; e tinham duzentos e quarenta e cinco cantores e cantoras.
68  Os seus cavalos, setecentos e trinta e seis; os seus mulos, duzentos e quarenta e cinco.
69  Camelos, quatrocentos e trinta e cinco; jumentos, seis mil, setecentos e vinte.
70  E uma parte dos chefes dos pais contribuiram para a obra. O governador deu para o tesouro, em ouro, mil dracmas, cinqüenta bacias, e quinhentas e trinta vestes sacerdotais.
71  E alguns mais dos chefes dos pais contribuiram para o tesouro da obra, em ouro, vinte mil dracmas, e em prata, duas mil e duzentas libras.
72  E o que deu o restante do povo foi, em ouro, vinte mil dracmas, e em prata, duas mil libras; e sessenta e sete vestes sacerdotais.
73  E habitaram os sacerdotes, os levitas, os porteiros, os cantores, alguns do povo, os servidores do templo, e todo o Israel nas suas cidades.


NEEMIAS Capítulo 8
1  E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o SENHOR tinha ordenado a Israel.
2  E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres, e todos os que podiam ouvir com entendimento, no primeiro dia do sétimo mês.
3  E leu no livro diante da praça, que está diante da porta das águas, desde a alva até ao meio dia, perante homens e mulheres, e os que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei.
4  E Esdras, o escriba, estava sobre um púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; e estava em pé junto a ele, à sua mão direita, Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua mão esquerda, Pedaías, Misael, Melquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão.
5  E Esdras abriu o livro perante à vista de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pós em pé.
6  E Esdras louvou ao SENHOR, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém, Amém! levantando as suas mãos; e inclinaram suas cabeças, e adoraram ao SENHOR, com os rostos em terra.
7  E Jesuá, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai, Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã, Pelaías, e os levitas ensinavam o povo na lei; e o povo estava no seu lugar.
8  E leram no livro, na lei de Deus; e declarando, e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse.
9  E Neemias, que era o governador, e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao SENHOR vosso Deus, então não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei.
10  Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do SENHOR é a vossa força.
11  E os levitas fizeram calar a todo o povo, dizendo: Calai-vos; porque este dia é santo; por isso não vos entristeçais.
12  Então todo o povo se foi a comer, a beber, a enviar porções e a fazer grande regozijo; porque entenderam as palavras que lhes fizeram saber.
13  E no dia seguinte ajuntaram-se os chefes dos pais de todo o povo, os sacerdotes e os levitas, a Esdras, o escriba; e isto para atentarem nas palavras da lei.
14  E acharam escrito na lei que o SENHOR ordenara, pelo ministério de Moisés, que os filhos de Israel habitassem em cabanas, na solenidade da festa, no sétimo mês.
15  Assim publicaram, e fizeram passar pregão por todas as suas cidades, e em Jerusalém, dizendo: Saí ao monte, e trazei ramos de oliveiras, e ramos de zambujeiros, e ramos de murtas, e ramos de palmeiras, e ramos de árvores espessas, para fazer cabanas, como está escrito.
16  Saiu, pois, o povo, e os trouxeram, e fizeram para si cabanas, cada um no seu terraço, nos seus pátios, e nos átrios da casa de Deus, na praça da porta das águas, e na praça da porta de Efraim.
17  E toda a congregação dos que voltaram do cativeiro fizeram cabanas, e habitaram nas cabanas, porque nunca fizeram assim os filhos de Israel, desde os dias de Josué, filho de Num, até àquele dia; e houve mui grande alegria.
18  E, de dia em dia, Esdras leu no livro da lei de Deus, desde o primeiro dia até ao derradeiro; e celebraram a solenidade da festa sete dias, e no oitavo dia, houve uma assembléia solene, segundo o rito.


NEEMIAS Capítulo 9
1  E, no dia vinte e quatro deste mês, ajuntaram-se os filhos de Israel com jejum e com sacos, e traziam terra sobre si.
2  E a descendência de Israel se apartou de todos os estrangeiros, e puseram-se em pé, e fizeram confissão pelos seus pecados e pelas iniqüidades de seus pais.
3  E, levantando-se no seu lugar, leram no livro da lei do SENHOR seu Deus uma quarta parte do dia; e na outra quarta parte fizeram confissão, e adoraram ao SENHOR seu Deus.
4  E Jesuá, Bani, Cadmiel, Sebanias, Buni, Serebias, Bani e Quenani se puseram em pé no lugar alto dos levitas, e clamaram em alta voz ao SENHOR seu Deus.
5  E os levitas, Jesuá, Cadmiel, Bani, Hasabnéias, Serebias, Hodias, Sebanias e Petaías, disseram: Levantai-vos, bendizei ao SENHOR vosso Deus de eternidade em eternidade; e bendigam o teu glorioso nome, que está exaltado sobre toda a bênção e louvor.
6  Só tu és SENHOR; tu fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto neles há, e tu os guardas com vida a todos; e o exército dos céus te adora.
7  Tu és o SENHOR, o Deus, que elegeste a Abrão, e o tiraste de Ur dos caldeus, e lhe puseste por nome Abraão.
8  E achaste o seu coração fiel perante ti, e fizeste com ele a aliança, de que darias à sua descendência a terra dos cananeus, dos heteus, dos amorreus, dos perizeus, dos jebuseus e dos girgaseus; e confirmaste as tuas palavras, porquanto és justo.
9  E viste a aflição de nossos pais no Egito, e ouviste o seu clamor junto ao Mar Vermelho.
10  E mostraste sinais e prodígios a Faraó, e a todos os seus servos, e a todo o povo da sua terra, porque soubeste que soberbamente os trataram; e assim adquiriste para ti nome, como hoje se vê.
11  E o mar fendeste perante eles, e passaram pelo meio do mar, em seco; e lançaste os seus perseguidores nas profundezas, como uma pedra nas águas violentas.
12  E guiaste-os de dia por uma coluna de nuvem, e de noite por uma coluna de fogo, para lhes iluminar o caminho por onde haviam de ir.
13  E sobre o monte Sinai desceste, e dos céus falaste com eles, e deste-lhes juízos retos e leis verdadeiras, estatutos e mandamentos bons.
14  E o teu santo sábado lhes fizeste conhecer; e preceitos, estatutos e lei lhes mandaste pelo ministério de Moisés, teu servo.
15  E pão dos céus lhes deste na sua fome, e água da penha lhes produziste na sua sede; e lhes disseste que entrassem para possuírem a terra pela qual alçaste a tua mão, que lhes havias de dar.
16  Porém eles e nossos pais se houveram soberbamente, e endureceram a sua cerviz, e não deram ouvidos aos teus mandamentos.
17  E recusaram ouvir-te, e não se lembraram das tuas maravilhas, que lhes fizeste, e endureceram a sua cerviz e, na sua rebelião, levantaram um capitão, a fim de voltarem para a sua servidão; porém tu, ó Deus perdoador, clemente e misericordioso, tardio em irar-te, e grande em beneficência, tu não os desamparaste.
18  Ainda mesmo quando eles fizeram para si um bezerro de fundição, e disseram: Este é o teu Deus, que te tirou do Egito; e cometeram grandes blasfêmias;
19  Todavia tu, pela multidão das tuas misericórdias, não os deixaste no deserto. A coluna de nuvem nunca se apartou deles de dia, para os guiar pelo caminho, nem a coluna de fogo de noite, para lhes iluminar; e isto pelo caminho por onde haviam de ir.
20  E deste o teu bom espírito, para os ensinar; e o teu maná não retiraste da sua boca; e água lhes deste na sua sede.
21  De tal modo os sustentaste quarenta anos no deserto; nada lhes faltou; as suas roupas não se envelheceram, e os seus pés não se incharam.
22  Também lhes deste reinos e povos, e os repartiste em porções; e eles possuíram a terra de Siom, a saber, a terra do rei de Hesbom, e a terra de Ogue, rei de Basã.
23  E multiplicaste os seus filhos como as estrelas do céu, e trouxeste-os à terra de que tinhas falado a seus pais que nela entrariam para a possuírem.
24  Assim os filhos entraram e possuiram aquela terra; e abateste perante eles os moradores da terra, os cananeus, e lhos entregaste na mão, como também os reis e os povos da terra, para fazerem deles conforme a sua vontade.
25  E tomaram cidades fortificadas e terra fértil, e possuíram casas cheias de toda a fartura, cisternas cavadas, vinhas e olivais, e árvores frutíferas, em abundáncia; e comeram e se fartaram e engordaram e viveram em delícias, pela tua grande bondade.
26  Porém se obstinaram, e se rebelaram contra ti, e lançaram a tua lei para trás das suas costas, e mataram os teus profetas, que protestavam contra eles, para que voltassem para ti; assim fizeram grandes abominações.
27  Por isso os entregaste na mão dos seus adversários, que os angustiaram; mas no tempo de sua angústia, clamando a ti, desde os céus tu ouviste; e segundo a tua grande misericórdia lhes deste libertadores que os libertaram da mão de seus adversários.
28  Porém, em tendo repouso, tornavam a fazer o mal diante de ti; e tu os deixavas na mão dos seus inimigos, para que dominassem sobre eles; e convertendo-se eles, e clamando a ti, tu os ouviste desde os céus, e segundo a tua misericórdia os livraste muitas vezes.
29  E testificaste contra eles, para que voltassem para a tua lei; porém eles se houveram soberbamente, e não deram ouvidos aos teus mandamentos, mas pecaram contra os teus juízos, pelos quais o homem que os cumprir viverá; viraram o ombro, endureceram a sua cerviz, e não quiseram ouvir.
30  Porém estendeste a tua benignidade sobre eles por muitos anos, e testificaste contra eles pelo teu Espírito, pelo ministério dos teus profetas; porém eles não deram ouvidos; por isso os entregaste nas mãos dos povos das terras.
31  Mas pela tua grande misericórdia os não destruíste nem desamparaste, porque és um Deus clemente e misericordioso.
32  Agora, pois, nosso Deus, o grande, poderoso e terrível Deus, que guardas a aliança e a beneficência, não tenhas em pouca conta toda a aflição que nos alcançou a nós, aos nossos reis, aos nossos príncipes, aos nossos sacerdotes, aos nossos profetas, aos nossos pais e a todo o teu povo, desde os dias dos reis da Assíria até ao dia de hoje.
33  Porém tu és justo em tudo quanto tem vindo sobre nós; porque tu tens agido fielmente, e nós temos agido impiamente.
34  E os nossos reis, os nossos príncipes, os nossos sacerdotes, e os nossos pais não guardaram a tua lei, e não deram ouvidos aos teus mandamentos e aos teus testemunhos, que testificaste contra eles.
35  Porque eles nem no seu reino, nem na muita abundáncia de bens que lhes deste, nem na terra espaçosa e fértil que puseste diante deles, te serviram, nem se converteram de suas más obras.
36  Eis que hoje somos servos; e até na terra que deste a nossos pais, para comerem o seu fruto e o seu bem, eis que somos servos nela.
37  E ela multiplica os seus produtos para os reis, que puseste sobre nós, por causa dos nossos pecados; e conforme a sua vontade dominam sobre os nossos corpos e sobre o nosso gado; e estamos numa grande angústia.
38  E, todavia fizemos uma firme aliança, e o escrevemos; e selaram-no os nossos príncipes, os nossos levitas e os nossos sacerdotes.


NEEMIAS Capítulo 10
1  E os que selaram foram: Neemias, o governador, filho de Hacalias, e Zedequias,
2  Seraías, Azarias, Jeremias,
3  Pasur, Amarias, Malquias,
4  Hatus, Sebanias, Maluque,
5  Harim, Meremote, Obadias,
6  Daniel, Ginetom, Baruque,
7  Mesulão, Abias, Miamim,
8  Maazias, Bilgai, Semaías; estes eram os sacerdotes.
9  E os levitas: Jesuá, filho de Azanias, Binui, dos filhos de Henadade, Cadmiel,
10  E seus irmãos: Sebanias, Hodias, Quelita, Pelaías, Hanã,
11  Mica, Reobe, Hasabias,
12  Zacur, Serebias, Sebanias,
13  Hodias, Bani e Beninu.
14  Os chefes do povo: Parós, Paate-Moabe, Elão, Zatu, Bani,
15  Buni, Azgade, Bebai,
16  Adonias, Bigvai, Adim,
17  Ater, Ezequias, Azur,
18  Hodias, Hasum, Bezai,
19  Harife, Anatote, Nebai,
20  Magpias, Mesulão, Hezir,
21  Mesezabeel, Zadoque, Jadua,
22  Pelatias, Hanã, Anaías,
23  Oséias, Hananias, Hassube,
24  Haloés, Pilha, Sobeque,
25  Reum, Hasabná, Maaséias,
26  E Aías, Hanã, Anã,
27  Maluque, Harim e Baaná.
28  E o restante do povo, os sacerdotes, os levitas, os porteiros, os cantores, os servidores do templo, todos os que se tinham separado dos povos das terras para a lei de Deus, suas mulheres, seus filhos e suas filhas, todos os que tinham conhecimento e entendimento,
29  Firmemente aderiram a seus irmãos os mais nobres dentre eles, e convieram num anátema e num juramento, de que andariam na lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus; e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do SENHOR nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos;
30  E que não dariamos as nossas filhas aos povos da terra, nem tomaríamos as filhas deles para os nossos filhos.
31  E que, trazendo os povos da terra no dia de sábado qualquer mercadoria, e qualquer grão para venderem, nada compraríamos deles no sábado, nem no dia santificado; e no sétimo ano deixaríamos descansar a terra, e perdoaríamos toda e qualquer cobrança.
32  Também sobre nós pusemos preceitos, impondo-nos cada ano a terça parte de um siclo, para o ministério da casa do nosso Deus;
33  Para os pães da proposição, para a contínua oferta de alimentos, e para o contínuo holocausto dos sábados, das luas novas, para as festas solenes, para as coisas sagradas, e para os sacrifícios pelo pecado, para expiação de Israel, e para toda a obra da casa do nosso Deus.
34  Também lançamos sortes entre os sacerdotes, levitas, e o povo, acerca da oferta da lenha que se havia de trazer à casa do nosso Deus, segundo as casas de nossos pais, a tempos determinados, de ano em ano, para se queimar sobre o altar do SENHOR nosso Deus, como está escrito na lei.
35  Que também traríamos as primícias da nossa terra, e as primícias de todos os frutos de todas as árvores, de ano em ano, à casa do SENHOR.
36  E os primogênitos dos nossos filhos, e os do nosso gado, como está escrito na lei; e que os primogênitos do nosso gado e das nossas ovelhas traríamos à casa do nosso Deus, aos sacerdotes, que ministram na casa do nosso Deus.
37  E que as primícias da nossa massa, as nossas ofertas alçadas, o fruto de toda a árvore, o mosto e o azeite, traríamos aos sacerdotes, às cámaras da casa do nosso Deus; e os dízimos da nossa terra aos levitas; e que os levitas receberiam os dízimos em todas as cidades, da nossa lavoura.
38  E que o sacerdote, filho de Arão, estaria com os levitas quando estes recebessem os dízimos, e que os levitas trariam os dízimos dos dízimos à casa do nosso Deus, às cámaras da casa do tesouro.
39  Porque àquelas cámaras os filhos de Israel e os filhos de Levi devem trazer ofertas alçadas do grão, do mosto e do azeite; porquanto ali estão os vasos do santuário, como também os sacerdotes que ministram, os porteiros e os cantores; e que assim não desampararíamos a casa do nosso Deus.


NEEMIAS Capítulo 11
1  E os líderes do povo habitaram em Jerusalém, porém o restante do povo lançou sortes, para tirar um de dez, que habitasse na santa cidade de Jerusalém, e as nove partes nas outras cidades.
2  E o povo bendisse a todos os homens que voluntariamente se ofereciam para habitar em Jerusalém.
3  E estes são os chefes da província, que habitaram em Jerusalém; porém nas cidades de Judá habitou cada um na sua possessão, nas suas cidades, Israel, os sacerdotes, os levitas, os servidores do templo, e os filhos dos servos de Salomão.
4  Habitaram, pois, em Jerusalém alguns dos filhos de Judá e dos filhos de Benjamim. Dos filhos de Judá, Ataías, filho de Uzias, filho de Zacarias, filho de Amarias, filho de Sefatias, filho de Maalaleel, dos filhos de Perez;
5  E Maaséias, filho de Baruque, filho de Col-Hoze, filho de Hazaías, filho de Adaías, filho de Joiaribe, filho de Zacarias, filho de Siloni.
6  Todos os filhos de Perez, que habitaram em Jerusalém, foram quatrocentos e sessenta e oito homens valentes.
7  E estes são os filhos de Benjamim: Salu, filho de Mesulão, filho de Joede, filho de Pedaías, filho de Colaías, filho de Maaséias, filho de Itiel, filho de Jesaías.
8  E depois dele Gabai e Salai, ao todo novecentos e vinte e oito.
9  E Joel, filho de Zicri, superintendente sobre eles; e Judá, filho de Senua, o segundo sobre a cidade.
10  Dos sacerdotes: Jedaías, filho de Joiaribe, Jaquim,
11  Seraías, filho de Hilquias, filho de Mesulão, filho de Zadoque, filho de Meraiote, filho de Aitube, líder da casa de Deus,
12  E seus irmãos, que faziam a obra na casa, oitocentos e vinte e dois; e Adaías, filho de Jeroão, filho de Pelalias, filho de Anzi, filho de Zacarias, filho de Pasur, filho de Malquias,
13  E seus irmãos, chefes dos pais, duzentos e quarenta e dois; e Amassai, filho de Azareel, filho de Azai, filho de Mesilemote, filho de Imer,
14  E os irmãos deles, homens valentes, cento e vinte e oito, e superintendente sobre eles Zabdiel, filho de Gedolim.
15  E dos levitas: Semaías, filho de Hassube, filho de Azricão, filho de Hasabias, filho de Buni;
16  E Sabetai, e Jozabade, dos chefes dos levitas, presidiam sobre a obra de fora da casa de Deus.
17  E Matanias, filho de Mica, filho de Zabdi, filho de Asafe, o chefe, que iniciava as ações de graças na oração, e Bacbuquias, o segundo de seus irmãos; depois Abda, filho de Samua, filho de Galal, filho de Jedutum.
18  Todos os levitas na santa cidade, foram duzentos e oitenta e quatro.
19  E os porteiros, Acube, Talmom, com seus irmãos, os guardas das portas, cento e setenta e dois.
20  E o restante de Israel, dos sacerdotes e levitas, habitou em todas as cidades de Judá, cada um na sua herança.
21  E os servidores do templo, habitaram em Ofel; e Zia e Gispa presidiam sobre os servidores do templo.
22  E o superintendente dos levitas em Jerusalém foi Uzi, filho de Bani, filho de Hasabias, filho de Matanias, filho de Mica; dos filhos de Asafe, os cantores, ao serviço da casa de Deus.
23  Porque havia um mandado do rei acerca deles, e uma certa regra para os cantores, cada qual no seu dia.
24  E Petaías, filho de Mesezabeel, dos filhos de Zera, filho de Judá, estava à mão do rei, em todos os negócios do povo.
25  E quanto às aldeias, com as suas terras, alguns dos filhos de Judá habitaram em Quiriate-Arba e nos lugares da sua jurisdição, e em Dibom, e nos lugares da sua jurisdição, e em Jecabzeel e nas suas aldeias,
26  E em Jesuá, e em Molada, e em Bete-Pelete,
27  E em Hazar-Sual, e em Berseba e nos lugares da sua jurisdição,
28  E em Ziclague, em Mecona e nos lugares da sua jurisdição,
29  E em En-Rimom, em Zora e em Jarmute,
30  Em Zanoa, Adulão e nas suas aldeias, em Laquis e nas suas terras, em Azaca e nos lugares da sua jurisdição. Acamparam-se desde Berseba até ao vale de Hinom.
31  E os filhos de Benjamim habitaram desde Geba, em Micmás, Aia, Betel e nos lugares da sua jurisdição,
32  E em Anatote, em Nobe, em Ananias,
33  Em Hazor, em Ramá, em Gitaim,
34  Em Hadide, em Zeboim, em Nebalate,
35  Em Lode e em Ono, no vale dos artífices,
36  E alguns dos levitas habitaram nas divisões de Judá e de Benjamim.


NEEMIAS Capítulo 12
1  Estes são sacerdotes e levitas que subiram com Zorobabel, filho de Sealtiel, e com Jesuá: Seraías, Jeremias, Esdras,
2  Amarias, Maluque, Hatus,
3  Secanias, Reum, Meremote,
4  Ido, Ginetoi, Abias,
5  Miamim, Maadias, Bilga,
6  Semaías, Joiaribe, Jedaías,
7  Salu, Amoque, Hilquias, Jedaías; estes foram os chefes dos sacerdotes e de seus irmãos, nos dias de Jesuá.
8  E os levitas: Jesuá, Binui, Cadmiel, Serebias, Judá, Matanias; este e seus irmãos dirigiam os louvores.
9  E Bacbuquias e Uni, seus irmãos, estavam defronte deles, nas guardas.
10  E Jesuá gerou a Joiaquim, e Joiaquim gerou a Eliasibe, e Eliasibe gerou a Joiada,
11  E Joiada gerou a Jónatas, e Jónatas gerou a Jadua.
12  E nos dias de Joiaquim foram sacerdotes, chefes dos pais: de Seraías, Meraías; de Jeremias, Hananias;
13  De Esdras, Mesulão; de Amarias, Joanã;
14  De Maluqui, Jónatas; de Sebanias, José;
15  De Harim, Adna; de Meraiote, Helcai;
16  De Ido, Zacarias; de Ginetom, Mesulão.
17  De Abias, Zicri; de Miamim e de Moadias, Piltai;
18  De Bilga, Samua; de Semaías, Jónatas;
19  E de Joiaribe, Matenai; de Jedaías, Uzi;
20  De Salai, Calai; de Amoque, Éber;
21  De Hilquias, Hasabias; de Jedaías, Natanael.
22  Dos levitas, nos dias de Eliasibe, foram inscritos como chefes de pais, Joiada, Joanã e Jadua; como também os sacerdotes, até ao reinado de Dario, o persa.
23  Os filhos de Levi foram inscritos, como chefes de pais, no livro das crónicas, até aos dias de Joanã, filho de Eliasibe.
24  Foram, pois, os chefes dos levitas: Hasabias, Serabias, e Jesuá, filho de Cadmiel; e seus irmãos estavam defronte deles, para louvarem e darem graças, segundo o mandado de Davi, homem de Deus; guarda contra guarda.
25  Matanias, Bacbuquias, Obadias, Mesulão, Talmom e Acube, eram porteiros, que faziam a guarda às tesourarias das portas.
26  Estes viveram nos dias de Jeoiaquim, filho de Jesuá, o filho de Jozadaque; como também nos dias de Neemias, o governador, e do sacerdote Esdras, o escriba.
27  E na dedicação dos muros de Jerusalém buscaram os levitas de todos os seus lugares, para trazê-los, a fim de fazerem a dedicação com alegria, com louvores e com canto, saltérios, címbalos e com harpas.
28  E assim ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da campina dos arredores de Jerusalém, como das aldeias de Netofati;
29  Como também da casa de Gilgal, e dos campos de Geba, e Azmavete; porque os cantores edificaram para si aldeias nos arredores de Jerusalém.
30  E purificaram-se os sacerdotes e os levitas; e logo purificaram o povo, as portas e o muro.
31  Então fiz subir os príncipes de Judá sobre o muro, e ordenei dois grandes coros em procissão, um à mão direita sobre o muro do lado da porta do monturo.
32  E após ele ia Hosaías, e a metade dos príncipes de Judá.
33  E Azarias, Esdras e Mesulão,
34  Judá, Benjamim, Semaías e Jeremias.
35  E dos filhos dos sacerdotes, com trombetas: Zacarias, filho de Jónatas, filho de Semaías, filho de Matanias, filho de Micaías, filho de Zacur, filho de Asafe.
36  E seus irmãos, Semaías, e Azareel, Milalai, Gilalai, Maai, Natanael, Judá e Hanani, com os instrumentos musicais de Davi, homem de Deus; e Esdras, o escriba, ia adiante deles.
37  Indo assim para a porta da fonte, defronte deles, subiram as escadas da cidade de Davi, onde começa a subida do muro, desde cima da casa de Davi, até à porta das águas, do lado do oriente.
38  E o segundo coro ia em frente, e eu após ele; e a metade do povo ia sobre o muro, desde a torre dos fornos, até à muralha larga;
39  E desde a porta de Efraim, passaram por cima da porta velha, e da porta do peixe, e pela torre de Hananeel e a torre de Meá, até à porta das ovelhas; e pararam à porta da prisão.
40  Então ambos os coros pararam na casa de Deus; como também eu, e a metade dos magistrados comigo.
41  E os sacerdotes Eliaquim, Maaséias, Miniamim, Micaías, Elioenai, Zacarias e Hananias, com trombetas.
42  Como também, Maaséias, Semaías, Eleazar, Uzi, Joanã, Malquias, Elão e Ezer; e faziam-se ouvir os cantores, juntamente com Jezraías, o seu superintendente.
43  E ofereceram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram; porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe.
44  Também no mesmo dia se nomearam homens sobre as cámaras, dos tesouros, das ofertas alçadas, das primícias, dos dízimos, para ajuntarem nelas, dos campos das cidades, as partes da lei para os sacerdotes e para os levitas; porque Judá estava alegre por causa dos sacerdotes e dos levitas que assistiam ali.
45  E observava os preceitos do seu Deus, e os da purificação; como também os cantores e porteiros, conforme ao mandado de Davi e de seu filho Salomão.
46  Porque já nos dias de Davi e Asafe, desde a antiguidade, havia chefes dos cantores, e dos cánticos de louvores e de ação de graças a Deus.
47  Por isso todo o Israel, já nos dias de Zorobabel e nos dias de Neemias, dava aos cantores e aos porteiros as porções de cada dia; e santificavam as porções aos levitas, e os levitas as santificavam aos filhos de Arão.


NEEMIAS Capítulo 13
1  Naquele dia leu-se no livro de Moisés, aos ouvidos do povo; e achou-se escrito nele que os amonitas e os moabitas não entrassem jamais na congregação de Deus,
2  Porquanto não tinham saído ao encontro dos filhos de Israel com pão e água; antes contra eles assalariaram a Balaão para os amaldiçoar; porém o nosso Deus converteu a maldição em bênção.
3  Sucedeu, pois, que, ouvindo eles esta lei, apartaram de Israel todo o elemento misto.
4  Ora, antes disto, Eliasibe, sacerdote, que presidia sobre a cámara da casa do nosso Deus, se tinha aparentado com Tobias;
5  E fizera-lhe uma cámara grande, onde dantes se depositavam as ofertas de alimentos, o incenso, os utensílios, os dízimos do grão, do mosto e do azeite, que se ordenaram para os levitas, cantores e porteiros, como também a oferta alçada para os sacerdotes.
6  Mas durante tudo isto não estava eu em Jerusalém, porque no ano trinta e dois de Artaxerxes, rei de Babilónia, fui ter com o rei; mas após alguns dias tornei a alcançar licença do rei.
7  E voltando a Jerusalém, compreendi o mal que Eliasibe fizera para Tobias, fazendo-lhe uma cámara nos pátios da casa de Deus.
8  O que muito me desagradou; de sorte que lancei todos os móveis da casa de Tobias fora da cámara.
9  E, ordenando-o eu, purificaram as cámaras; e tornei a trazer para ali os utensílios da casa de Deus, com as ofertas de alimentos e o incenso.
10  Também entendi que os quinhões dos levitas não se lhes davam, de maneira que os levitas e os cantores, que faziam a obra, tinham fugido cada um para a sua terra.
11  Então contendi com os magistrados, e disse: Por que se desamparou a casa de Deus? Porém eu os ajuntei, e os restaurei no seu posto.
12  Então todo o Judá trouxe os dízimos do grão, do mosto e do azeite aos celeiros.
13  E por tesoureiros pus sobre os celeiros a Selemias, o sacerdote, e a Zadoque, o escrivão e a Pedaías, dentre os levitas; e com eles Hanã, filho de Zacur, o filho de Matanias; porque foram achados fiéis; e se lhes encarregou a eles a distribuição para seus irmãos.
14  Por isto, Deus meu, lembra-te de mim e não risques as beneficências que eu fiz à casa de meu Deus e às suas observáncias.
15  Naqueles dias vi em Judá os que pisavam lagares ao sábado e traziam feixes que carregavam sobre os jumentos; como também vinho, uvas e figos, e toda a espécie de cargas, que traziam a Jerusalém no dia de sábado; e protestei contra eles no dia em que vendiam mantimentos.
16  Também habitavam em Jerusalém tírios que traziam peixe e toda a mercadoria, que vendiam no sábado aos filhos de Judá, e em Jerusalém.
17  E contendi com os nobres de Judá, e lhes disse: Que mal é este que fazeis, profanando o dia de sábado?
18  Porventura não fizeram vossos pais assim, e não trouxe o nosso Deus todo este mal sobre nós e sobre esta cidade? E vós ainda mais acrescentais o ardor de sua ira sobre Israel, profanando o sábado.
19  Sucedeu, pois, que, dando já sombra nas portas de Jerusalém antes do sábado, ordenei que as portas fossem fechadas; e mandei que não as abrissem até passado o sábado; e pus às portas alguns de meus servos, para que nenhuma carga entrasse no dia de sábado.
20  Então os negociantes e os vendedores de toda a mercadoria passaram a noite fora de Jerusalém, uma ou duas vezes.
21  Protestei, pois, contra eles, e lhes disse: Por que passais a noite defronte do muro? Se outra vez o fizerdes, hei de lançar mão de vós. Daquele tempo em diante não vieram no sábado.
22  Também disse aos levitas que se purificassem, e viessem guardar as portas, para santificar o sábado. Nisto também, Deus meu, lembra-te de mim e perdoa-me segundo a abundáncia da tua benignidade.
23  Vi também naqueles dias judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas.
24  E seus filhos falavam meio asdodita, e não podiam falar judaico, senão segundo a língua de cada povo.
25  E contendi com eles, e os amaldiçoei e espanquei alguns deles, e lhes arranquei os cabelos, e os fiz jurar por Deus, dizendo: Não dareis mais vossas filhas a seus filhos, e não tomareis mais suas filhas, nem para vossos filhos nem para vós mesmos.
26  Porventura não pecou nisto Salomão, rei de Israel, não havendo entre muitas nações rei semelhante a ele, e sendo ele amado de seu Deus, e pondo-o Deus rei sobre todo o Israel? E contudo as mulheres estrangeiras o fizeram pecar.
27  E dar-vos-íamos nós ouvidos, para fazermos todo este grande mal, prevaricando contra o nosso Deus, casando com mulheres estrangeiras?
28  Também um dos filhos de Joiada, filho de Eliasibe, o sumo sacerdote, era genro de Sambalate, o horonita, por isso o afugentei de mim.
29  Lembra-te deles, Deus meu, pois contaminaram o sacerdócio, como também a aliança do sacerdócio e dos levitas.
30  Assim os limpei de todo o estrangeiro, e designei os cargos dos sacerdotes e dos levitas, cada um na sua obra.
31  Como também para com as ofertas de lenha em tempos determinados, e para com as primícias; lembra-te de mim, Deus meu, para bem.





LIVRO DE ESTER

ESTER Capítulo 1
1  E sucedeu nos dias de Assuero, o Assuero que reinou desde a India até Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias,
2  Que, assentando-se o rei Assuero no trono do seu reino, que estava na fortaleza de Susã,
3  No terceiro ano do seu reinado, fez um banquete a todos os seus príncipes e seus servos, estando assim perante ele o poder da Pérsia e Média e os nobres e príncipes das províncias,
4  Para mostrar as riquezas da glória do seu reino, e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias, a saber: cento e oitenta dias.
5  E, acabados aqueles dias, fez o rei um banquete a todo o povo que se achava na fortaleza de Susã, desde o maior até ao menor, por sete dias, no pátio do jardim do palácio real.
6  As tapeçarias eram de pano branco, verde, e azul celeste, pendentes de cordões de linho fino e púrpura, e argolas de prata, e colunas de mármore; os leitos de ouro e de prata, sobre um pavimento de mármore vermelho, e azul, e branco e preto.
7  E dava-se de beber em copos de ouro, e os copos eram diferentes uns dos outros; e havia muito vinho real, segundo a generosidade do rei.
8  E o beber era por lei, sem constrangimento; porque assim tinha ordenado o rei expressamente a todos os oficiais da sua casa, que fizessem conforme a vontade de cada um.
9  Também a rainha Vasti deu um banquete às mulheres, na casa real, do rei Assuero.
10  E ao sétimo dia, estando já o coração do rei alegre do vinho, mandou a Meumã, Bizta, Harbona, Bigtá, Abagta, Zetar e Carcas, os sete camareiros que serviam na presença do rei Assuero,
11  Que introduzissem na presença do rei a rainha Vasti, com a coroa real, para mostrar aos povos e aos príncipes a sua beleza, porque era formosa à vista.
12  Porém a rainha Vasti recusou vir conforme a palavra do rei, por meio dos camareiros; assim o rei muito se enfureceu, e acendeu nele a sua ira.
13  Então perguntou o rei aos sábios que entendiam dos tempos (porque assim se tratavam os negócios do rei na presença de todos os que sabiam a lei e o direito;
14  E os mais chegados a ele eram: Carsena, Setar, Admata, Társis, Meres, Marsena, e Memucã, os sete príncipes dos persas e dos medos, que viam a face do rei, e se assentavam como principais no reino),
15  O que, segundo a lei, se devia fazer à rainha Vasti, por não ter obedecido ao mandado do rei Assuero, por meio dos camareiros.
16  Então disse Memucã na presença do rei e dos príncipes: Não somente contra o rei pecou a rainha Vasti, porém também contra todos os príncipes, e contra todos os povos que há em todas as províncias do rei Assuero.
17  Porque a notícia do que fez a rainha chegará a todas as mulheres, de modo que aos seus olhos desprezarão a seus maridos quando ouvirem dizer: Mandou o rei Assuero que introduzissem à sua presença a rainha Vasti, porém ela não veio.
18  E neste mesmo dia as senhoras da Pérsia e da Média ouvindo o que fez a rainha, dirão o mesmo a todos os príncipes do rei; e assim haverá muito desprezo e indignação.
19  Se bem parecer ao rei, saia da sua parte um edito real, e escreva-se nas leis dos persas e dos medos, e não se revogue, a saber: que Vasti não entre mais na presença do rei Assuero, e o rei dê o reino dela a outra que seja melhor do que ela.
20  E, ouvindo-se o mandado, que o rei decretara em todo o seu reino (porque é grande), todas as mulheres darão honra a seus maridos, desde a maior até à menor.
21  E pareceram bem estas palavras aos olhos do rei e dos príncipes; e fez o rei conforme a palavra de Memucã.
22  Então enviou cartas a todas as províncias do rei, a cada província segundo a sua escrita, e a cada povo segundo a sua língua; que cada homem fosse senhor em sua casa, e que se falasse conforme a língua do seu povo.


ESTER Capítulo 2
1  Passadas estas coisas, e apaziguado já o furor do rei Assuero, lembrou-se de Vasti, e do que fizera, e do que se tinha decretado a seu respeito.
2  Então disseram os servos do rei, que lhe serviam: Busquem-se para o rei moças virgens e formosas.
3  E ponha o rei oficiais em todas as províncias do seu reino, que ajuntem a todas as moças virgens e formosas, na fortaleza de Susã, na casa das mulheres, aos cuidados de Hegai, camareiro do rei, guarda das mulheres, e dêem-se-lhes os seus enfeites.
4  E a moça que parecer bem aos olhos do rei, reine em lugar de Vasti. E isto pareceu bem aos olhos do rei, e ele assim fez.
5  Havia então um homem judeu na fortaleza de Susã, cujo nome era Mardoqueu, filho de Jair, filho de Simei, filho de Quis, homem benjamita,
6  Que fora transportado de Jerusalém, com os cativos que foram levados com Jeconias, rei de Judá, o qual transportara Nabucodonosor, rei de Babilónia.
7  Este criara a Hadassa (que é Ester, filha de seu tio), porque não tinha pai nem mãe; e era jovem bela de presença e formosa; e, morrendo seu pai e sua mãe, Mardoqueu a tomara por sua filha.
8  Sucedeu que, divulgando-se o mandado do rei e a sua lei, e ajuntando-se muitas moças na fortaleza de Susã, aos cuidados de Hegai, também levaram Ester à casa do rei, sob a custódia de Hegai, guarda das mulheres.
9  E a moça pareceu formosa aos seus olhos, e alcançou graça perante ele; por isso se apressou a dar-lhe os seus enfeites, e os seus quinhões, como também em lhe dar sete moças de respeito da casa do rei; e a fez passar com as suas moças ao melhor lugar da casa das mulheres.
10  Ester, porém, não declarou o seu povo e a sua parentela, porque Mardoqueu lhe tinha ordenado que o não declarasse.
11  E passeava Mardoqueu cada dia diante do pátio da casa das mulheres, para se informar de como Ester passava, e do que lhe sucederia.
12  E, chegando a vez de cada moça, para vir ao rei Assuero, depois que fora feito a ela segundo a lei das mulheres, por doze meses (porque assim se cumpriam os dias das suas purificações, seis meses com óleo de mirra, e seis meses com especiarias, e com as coisas para a purificação das mulheres),
13  Desta maneira, pois, vinha a moça ao rei; dava-se-lhe tudo quanto ela desejava, para levar consigo da casa das mulheres à casa do rei;
14  Å tarde entrava, e pela manhã tornava à segunda casa das mulheres, sob os cuidados de Saasgaz, camareiro do rei, guarda das concubinas; não tornava mais ao rei, salvo se o rei a desejasse, e fosse chamada pelo nome.
15  Chegando, pois, a vez de Ester, filha de Abiail, tio de Mardoqueu (que a tomara por sua filha), para ir ao rei, coisa nenhuma pediu, senão o que disse Hegai, camareiro do rei, guarda das mulheres; e alcançava Ester graça aos olhos de todos quantos a viam.
16  Assim foi levada Ester ao rei Assuero, à sua casa real, no décimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado.
17  E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pós a coroa real na sua cabeça, e a fez rainha em lugar de Vasti.
18  Então o rei deu um grande banquete a todos os seus príncipes e aos seus servos; era o banquete de Ester; e deu alívio às províncias, e fez presentes segundo a generosidade do rei.
19  E reunindo-se segunda vez as virgens, Mardoqueu estava assentado à porta do rei.
20  Ester, porém, não declarava a sua parentela e o seu povo, como Mardoqueu lhe ordenara; porque Ester cumpria o mandado de Mardoqueu, como quando a criara.
21  Naqueles dias, assentando-se Mardoqueu à porta do rei, dois camareiros do rei, dos guardas da porta, Bigtã e Teres, grandemente se indignaram, e procuraram atentar contra o rei Assuero.
22  E veio isto ao conhecimento de Mardoqueu, e ele fez saber à rainha Ester; e Ester o disse ao rei, em nome de Mardoqueu.
23  E inquiriu-se o negócio, e se descobriu, e ambos foram pendurados numa forca; e foi escrito nas crónicas perante o rei.


ESTER Capítulo 3
1  Depois destas coisas o rei Assuero engrandeceu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, e o exaltou, e pós o seu assento acima de todos os príncipes que estavam com ele.
2  E todos os servos do rei, que estavam à porta do rei, se inclinavam e se prostravam perante Hamã; porque assim tinha ordenado o rei acerca dele; porém Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava.
3  Então os servos do rei, que estavam à porta do rei, disseram a Mardoqueu: Por que transgride o mandado do rei?
4  Sucedeu, pois, que, dizendo-lhe eles isto, dia após dia, e não lhes dando ele ouvidos, o fizeram saber a Hamã, para verem se as palavras de Mardoqueu se sustentariam, porque ele lhes tinha declarado que era judeu.
5  Vendo, pois, Hamã que Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava diante dele, Hamã se encheu de furor.
6  Porém teve como pouco, nos seus propósitos, o pór as mãos só em Mardoqueu (porque lhe haviam declarado de que povo era Mardoqueu); Hamã, pois, procurou destruir a todos os judeus, o povo de Mardoqueu, que havia em todo o reino de Assuero.
7  No primeiro mês (que é o mês de Nisã), no ano duodécimo do rei Assuero, se lançou Pur, isto é, a sorte, perante Hamã, para cada dia, e para cada mês, até ao duodécimo mês, que é o mês de Adar.
8  E Hamã disse ao rei Assuero: Existe espalhado e dividido entre os povos em todas as províncias do teu reino um povo, cujas leis são diferentes das leis de todos os povos, e que não cumpre as leis do rei; por isso não convém ao rei deixá-lo ficar.
9  Se bem parecer ao rei, decrete-se que os matem; e eu porei nas mãos dos que fizerem a obra dez mil talentos de prata, para que entrem nos tesouros do rei.
10  Então tirou o rei o anel da sua mão, e o deu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, adversário dos judeus.
11  E disse o rei a Hamã: Essa prata te é dada como também esse povo, para fazeres dele o que bem parecer aos teus olhos.
12  Então chamaram os escrivães do rei no primeiro mês, no dia treze do mesmo e, conforme a tudo quanto Hamã mandou, se escreveu aos príncipes do rei, e aos governadores que havia sobre cada província, e aos líderes, de cada povo; a cada província segundo a sua escrita, e a cada povo segundo a sua língua; em nome do rei Assuero se escreveu, e com o anel do rei se selou.
13  E enviaram-se as cartas por intermédio dos correios a todas as províncias do rei, para que destruíssem, matassem, e fizessem perecer a todos os judeus, desde o jovem até ao velho, crianças e mulheres, em um mesmo dia, a treze do duodécimo mês (que é o mês de Adar), e que saqueassem os seus bens.
14  Uma cópia do despacho que determinou a divulgação da lei em cada província, foi enviada a todos os povos, para que estivessem preparados para aquele dia.
15  Os correios, pois, impelidos pela palavra do rei, saíram, e a lei se proclamou na fortaleza de Susã. E o rei e Hamã se assentaram a beber, porém a cidade de Susã estava confusa.


ESTER Capítulo 4
1  Quando Mardoqueu soube tudo quanto se havia passado, rasgou as suas vestes, e vestiu-se de saco e de cinza, e saiu pelo meio da cidade, e clamou com grande e amargo clamor;
2  E chegou até diante da porta do rei, porque ninguém vestido de saco podia entrar pelas portas do rei.
3  E em todas as províncias aonde a palavra do rei e a sua lei chegava, havia entre os judeus grande luto, com jejum, e choro, e lamentação; e muitos estavam deitados em saco e em cinza.
4  Então vieram as servas de Ester, e os seus camareiros, e fizeram-na saber, do que a rainha muito se doeu; e mandou roupas para vestir a Mardoqueu, e tirar-lhe o pano de saco; porém ele não as aceitou.
5  Então Ester chamou a Hatá (um dos camareiros do rei, que este tinha posto para servi-la), e deu-lhe ordem para ir a Mardoqueu, para saber que era aquilo, e porquê.
6  E, saindo Hatá a Mardoqueu, à praça da cidade, que estava diante da porta do rei,
7  Mardoqueu lhe fez saber tudo quanto lhe tinha sucedido; como também a soma exata do dinheiro, que Hamã dissera que daria para os tesouros do rei, pelos judeus, para destruí-los.
8  Também lhe deu a cópia da lei escrita, que se publicara em Susã, para os destruir, para que a mostrasse a Ester, e a fizesse saber; e para lhe ordenar que fosse ter com o rei, e lhe pedisse e suplicasse na sua presença pelo seu povo.
9  Veio, pois, Hatá, e fez saber a Ester as palavras de Mardoqueu.
10  Então falou Ester a Hatá, mandando-o dizer a Mardoqueu:
11  Todos os servos do rei, e o povo das províncias do rei, bem sabem que todo o homem ou mulher que chegar ao rei no pátio interior, sem ser chamado, não há senão uma sentença, a de morte, salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro, para que viva; e eu nestes trinta dias não tenho sido chamada para ir ao rei.
12  E fizeram saber a Mardoqueu as palavras de Ester.
13  Então Mardoqueu mandou que respondessem a Ester: Não imagines no teu íntimo que por estares na casa do rei, escaparás só tu entre todos os judeus.
14  Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?
15  Então disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu:
16  Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas servas também assim jejuaremos. E assim irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci.
17  Então Mardoqueu foi, e fez conforme a tudo quanto Ester lhe ordenou.


ESTER Capítulo 5
1  Sucedeu, pois, que ao terceiro dia Ester se vestiu com trajes reais, e se pós no pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento.
2  E sucedeu que, vendo o rei à rainha Ester, que estava no pátio, alcançou graça aos seus olhos; e o rei estendeu para Ester o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou, e tocou a ponta do cetro.
3  Então o rei lhe disse: Que é que queres, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.
4  E disse Ester: Se parecer bem ao rei, venha hoje com Hamã ao banquete que lhe tenho preparado.
5  Então disse o rei: Fazei apressar a Hamã, para que se atenda ao desejo de Ester. Vindo, pois, o rei e Hamã ao banquete, que Ester tinha preparado,
6  Disse o rei a Ester, no banquete do vinho: Qual é a tua petição? E ser-te-á concedida, e qual é o teu desejo? E se fará ainda até metade do reino.
7  Então respondeu Ester, e disse: Minha petição e desejo é:
8  Se achei graça aos olhos do rei, e se bem parecer ao rei conceder-me a minha petição, e cumprir o meu desejo, venha o rei com Hamã ao banquete que lhes hei de preparar, e amanhã farei conforme a palavra do rei.
9  Então saiu Hamã naquele dia alegre e de bom ánimo; porém, vendo Mardoqueu à porta do rei, e que ele não se levantara nem se movera diante dele, então Hamã se encheu de furor contra Mardoqueu.
10  Hamã, porém, se refreou, e foi para sua casa; e enviou, e mandou vir os seus amigos, e Zeres, sua mulher.
11  E contou-lhes Hamã a glória das suas riquezas, a multidão de seus filhos, e tudo em que o rei o tinha engrandecido, e como o tinha exaltado sobre os príncipes e servos do rei.
12  Disse mais Hamã: Tampouco a rainha Ester a ninguém fez vir com o rei ao banquete que tinha preparado, senão a mim; e também para amanhã estou convidado por ela juntamente com o rei.
13  Porém tudo isto não me satisfaz, enquanto eu vir o judeu Mardoqueu assentado à porta do rei.
14  Então lhe disseram Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos: Faça-se uma forca de cinqüenta cóvados de altura, e amanhã dize ao rei que nela seja enforcado Mardoqueu; e então entra alegre com o rei ao banquete. E este conselho bem pareceu a Hamã, que mandou fazer a forca.


ESTER Capítulo 6
1  Naquela mesma noite fugiu o sono do rei; então mandou trazer o livro de registro das crónicas, as quais se leram diante do rei.
2  E achou-se escrito que Mardoqueu tinha denunciado Bigtã e Teres, dois dos camareiros do rei, da guarda da porta, que tinham procurado lançar mão do rei Assuero.
3  Então disse o rei: Que honra e distinção se deu por isso a Mardoqueu? E os servos do rei, que ministravam junto a ele, disseram: Coisa nenhuma se lhe fez.
4  Então disse o rei: Quem está no pátio? E Hamã tinha entrado no pátio exterior da casa do rei, para dizer ao rei que enforcassem a Mardoqueu na forca que lhe tinha preparado.
5  E os servos do rei lhe disseram: Eis que Hamã está no pátio. E disse o rei que entrasse.
6  E, entrando Hamã, o rei lhe disse: Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada? Então Hamã disse no seu coração: De quem se agradaria o rei para lhe fazer honra mais do que a mim?
7  Assim disse Hamã ao rei: Para o homem, de cuja honra o rei se agrada,
8  Tragam a veste real que o rei costuma vestir, como também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a coroa real na sua cabeça.
9  E entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes mais nobres do rei, e vistam delas aquele homem a quem o rei deseja honrar; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar!
10  Então disse o rei a Hamã: Apressa-te, toma a veste e o cavalo, como disseste, e faze assim para com o judeu Mardoqueu, que está assentado à porta do rei; e coisa nenhuma omitas de tudo quanto disseste.
11  E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar!
12  Depois disto Mardoqueu voltou para a porta do rei; porém Hamã se retirou correndo à sua casa, triste, e de cabeça coberta.
13  E contou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos, tudo quanto lhe tinha sucedido. Então os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe disseram: Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele, antes certamente cairás diante dele.
14  E estando eles ainda falando com ele, chegaram os camareiros do rei, e se apressaram a levar Hamã ao banquete que Ester preparara.


ESTER Capítulo 7
1  Vindo, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester,
2  Disse outra vez o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu desejo? Até metade do reino, se te dará.
3  Então respondeu a rainha Ester, e disse: Se, ó rei, achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição, e o meu povo como meu desejo.
4  Porque fomos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem, e aniquilarem de vez; se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia; ainda que o opressor não poderia ter compensado a perda do rei.
5  Então falou o rei Assuero, e disse à rainha Ester: Quem é esse e onde está esse, cujo coração o instigou a assim fazer?
6  E disse Ester: O homem, o opressor, e o inimigo, é este mau Hamã. Então Hamã se perturbou perante o rei e a rainha.
7  E o rei no seu furor se levantou do banquete do vinho e passou para o jardim do palácio; e Hamã se pós em pé, para rogar à rainha Ester pela sua vida; porque viu que já o mal lhe estava determinado pelo rei.
8  Tornando, pois, o rei do jardim do palácio à casa do banquete do vinho, Hamã tinha caído prostrado sobre o leito em que estava Ester. Então disse o rei: Porventura quereria ele também forçar a rainha perante mim nesta casa? Saindo esta palavra da boca do rei, cobriram o rosto de Hamã.
9  Então disse Harbona, um dos camareiros que serviam diante do rei: Eis que também a forca de cinqüenta cóvados de altura que Hamã fizera para Mardoqueu, que falara em defesa do rei, está junto à casa de Hamã. Então disse o rei: Enforcai-o nela.
10  Enforcaram, pois, a Hamã na forca, que ele tinha preparado para Mardoqueu. Então o furor do rei se aplacou.


ESTER Capítulo 8
1  Naquele mesmo dia deu o rei Assuero à rainha Ester a casa de Hamã, inimigo dos judeus; e Mardoqueu veio perante o rei, porque Ester tinha declarado quem ele era.
2  E tirou o rei o seu anel, que tinha tomado de Hamã e o deu a Mardoqueu. E Ester encarregou Mardoqueu da casa de Hamã.
3  Falou mais Ester perante o rei, e se lhe lançou aos seus pés; e chorou, e lhe suplicou que revogasse a maldade de Hamã, o agagita, e o intento que tinha projetado contra os judeus.
4  E estendeu o rei para Ester o cetro de ouro. Então Ester se levantou, e pós-se em pé perante o rei,
5  E disse: Se bem parecer ao rei, e se eu achei graça perante ele, e se este negócio é reto diante do rei, e se eu lhe agrado aos seus olhos, escreva-se que se revoguem as car-tas concebidas por Hamã filho de Hamedata, o agagita, as quais ele escreveu para aniquilar os judeus, que estão em todas as províncias do rei.
6  Pois como poderei ver o mal que sobrevirá ao meu povo? E como poderei ver a destruição da minha parentela?
7  Então disse o rei Assuero à rainha Ester e ao judeu Mardoqueu: Eis que dei a Ester a casa de Hamã, e a ele penduraram numa forca, porquanto estendera as mãos contra os judeus.
8  Escrevei, pois, aos judeus, como parecer bem aos vossos olhos, em nome do rei, e selai-o com o anel do rei; porque o documento que se escreve em nome do rei, e que se sela com o anel do rei, não se pode revogar.
9  Então foram chamados os escrivães do rei, naquele mesmo tempo, no terceiro mês (que é o mês de Sivã), aos vinte e três dias; e se escreveu conforme a tudo quanto ordenou Mardoqueu aos judeus, como também aos sátrapas, e aos governadores, e aos líderes das províncias, que se estendem da India até Etiópia, cento e vinte e sete províncias, a cada província segundo o seu modo de escrever, e a cada povo conforme a sua língua; como também aos judeus segundo o seu modo de escrever, e conforme a sua língua.
10  E escreveu-se em nome do rei Assuero e, selando-as com o anel do rei, enviaram as cartas pela mão de correios a cavalo, que cavalgavam sobre ginetes, que eram das cavalariças do rei.
11  Nelas o rei concedia aos judeus, que havia em cada cidade, que se reunissem, e se dispusessem para defenderem as suas vidas, e para destruírem, matarem e ani-quilarem todas as forças do povo e da província que viessem contra eles, crianças e mulheres, e que se saqueassem os seus bens,
12  Num mesmo dia, em todas as províncias do rei Assuero, no dia treze do duodécimo mês, que é o mês de Adar;
13  E uma cópia da carta seria divulgada como decreto em todas as províncias, e publicada entre todos os povos, para que os judeus estivessem preparados para aquele dia, para se vingarem dos seus inimigos.
14  Os correios, sobre ginetes velozes, sairam apressuradamente, impelidos pela palavra do rei; e esta ordem foi publicada na fortaleza de Susã.
15  Então Mardoqueu saiu da presença do rei com veste real azul-celeste e branco, como também com uma grande coroa de ouro, e com uma capa de linho fino e púrpura, e a cidade de Susã exultou e se alegrou.
16  E para os judeus houve luz, e alegria, e gozo, e honra.
17  Também em toda a província, e em toda a cidade, aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia entre os judeus alegria e gozo, banquetes e dias de folguedo; e muitos, dos povos da terra, se fizeram judeus, porque o temor dos judeus tinha caído sobre eles.


ESTER Capítulo 9
1  E, no duodécimo mês, que é o mês de Adar, no dia treze do mesmo mês em que chegou a palavra do rei e a sua ordem para se executar, no dia em que os inimigos dos judeus esperavam assenhorear-se deles, sucedeu o contrário, porque os judeus foram os que se assenhorearam dos que os odiavam.
2  Porque os judeus nas suas cidades, em todas as províncias do rei Assuero, se ajuntaram para pór as mãos naqueles que procuravam o seu mal; e ninguém podia resistir-lhes, porque o medo deles caíra sobre todos aqueles povos.
3  E todos os líderes das províncias, e os sátrapas, e os governadores, e os que faziam a obra do rei, auxiliavam os judeus porque tinha caído sobre eles o temor de Mardoqueu.
4  Porque Mardoqueu era grande na casa do rei, e a sua fama crescia por todas as províncias, porque o homem Mardoqueu ia sendo engrandecido.
5  Feriram, pois, os judeus a todos os seus inimigos, a golpes de espada, com matança e com destruição; e fizeram dos seus inimigos o que quiseram.
6  E na fortaleza de Susã os judeus mataram e destruíram quinhentos homens;
7  Como também a Parsandata, e a Dalfom e a Aspata,
8  E a Porata, e a Adalia, e a Aridata,
9  E a Farmasta, e a Arisai, e a Aridai, e a Vaisata;
10  Os dez filhos de Hamã, filho de Hamedata, o inimigo dos judeus, mataram, porém ao despojo não estenderam a sua mão.
11  No mesmo dia foi comunicado ao rei o número dos mortos na fortaleza de Susã.
12  E disse o rei à rainha Ester: Na fortaleza de Susã os judeus mataram e destruiram quinhentos homens, e os dez filhos de Hamã; nas mais províncias do rei que teriam feito? Qual é, pois, a tua petição? E dar-se-te-á. Ou qual é ainda o teu requerimento? E far-se-á.
13  Então disse Ester: Se bem parecer ao rei, conceda-se aos judeus que se acham em Susã que também façam amanhã conforme ao mandado de hoje; e pendurem numa forca os dez filhos de Hamã.
14  Então disse o rei que assim se fizesse; e publicou-se um edito em Susã, e enforcaram os dez filhos de Hamã.
15  E reuniram-se os judeus que se achavam em Susã também no dia catorze do mês de Adar, e mataram em Susã trezentos homens; porém ao despojo não estenderam a sua mão.
16  Também os demais judeus que se achavam nas províncias do rei se reuniram e se dispuseram em defesa das suas vidas, e tiveram descanso dos seus inimigos; e ma-taram dos seus inimigos setenta e cinco mil; porém ao despojo não estenderam a sua mão.
17  Sucedeu isto no dia treze do mês de Adar; e descansaram no dia catorze, e fizeram, daquele dia, dia de banquetes e de alegria.
18  Também os judeus, que se achavam em Susã se ajuntaram nos dias treze e catorze do mesmo; e descansaram no dia quinze, e fizeram, daquele dia, dia de banquetes e de alegria.
19  Os judeus, porém, das aldeias, que habitavam nas vilas, fizeram do dia catorze do mês de Adar dia de alegria e de banquetes, e dia de folguedo, e de mandarem presentes uns aos outros.
20  E Mardoqueu escreveu estas coisas, e enviou cartas a todos os judeus que se achavam em todas as províncias do rei Assuero, aos de perto, e aos de longe,
21  Ordenando-lhes que guardassem o dia catorze do mês de Adar, e o dia quinze do mesmo, todos os anos,
22  Como os dias em que os judeus tiveram repouso dos seus inimigos, e o mês que se lhes mudou de tristeza em alegria, e de luto em dia de festa, para que os fizessem dias de banquetes e de alegria, e de mandarem presentes uns aos outros, e dádivas aos pobres.
23  E os judeus encarregaram-se de fazer o que já tinham começado, como também o que Mardoqueu lhes tinha escrito.
24  Porque Hamã, filho de Hamedata, o agagita, inimigo de todos os judeus, tinha intentado destruir os judeus, e tinha lançado Pur, isto é, a sorte, para os assolar e destruir.
25  Mas, vindo isto perante o rei, mandou ele por cartas que o mau intento que Hamã formara contra os judeus, se tornasse sobre a sua cabeça; pelo que penduraram a ele e a seus filhos numa forca.
26  Por isso aqueles dias chamam Purim, do nome Pur; assim também por causa de todas as palavras daquela carta, e do que viram sobre isso, e do que lhes tinha sucedido,
27  Confirmaram os judeus, e tomaram sobre si, e sobre a sua descendência, e sobre todos os que se achegassem a eles, que não se deixaria de guardar estes dois dias conforme ao que se escrevera deles, e segundo o seu tempo determinado, todos os anos.
28  E que estes dias seriam lembrados e guardados em cada geração, família, província e cidade, e que esses dias de Purim não fossem revogados entre os judeus, e que a memória deles nunca teria fim entre os de sua descendência.
29  Então a rainha Ester, filha de Abiail, e Mardoqueu, o judeu, escreveram com toda autoridade uma segunda vez, para confirmar a carta a respeito de Purim.
30  E mandaram cartas a todos os judeus, às cento e vinte e sete províncias do reino de Assuero, com palavras de paz e verdade.
31  Para confirmarem estes dias de Purim nos seus tempos determinados, como Mardoqueu, o judeu, e a rainha Ester lhes tinham estabelecido, e como eles mesmos já o tinham estabelecido sobre si e sobre a sua descendência, acerca do jejum e do seu clamor.
32  E o mandado de Ester estabeleceu os sucessos daquele Purim; e escreveu-se no livro.


ESTER Capítulo 10
1  Depois disto impós o rei Assuero tributo sobre a terra, e sobre as ilhas do mar.
2  E todos os atos do seu poder e do seu valor, e o relato da grandeza de Mardoqueu, a quem o rei exal-tou, porventura não estão escritos no livro das crónicas dos reis da Média e da Pérsia?
3  Porque o judeu Mardoqueu foi o segundo depois do rei Assuero, e grande entre os judeus, e estimado pela multidão de seus irmãos, procurando o bem do seu povo, e proclamando a prosperidade de toda a sua descendência.
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